SAÚDE

Sintomas da glicose alta no corpo: veja sinais de alerta

Confira os sinais de glicose alta no corpo e saiba como controlar a glicemia

Imagem do autor
Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 05/02/2024 às 8:02
Notícia
X

A glicose, um carboidrato fundamental, desempenha um papel crucial como fonte de energia para nosso corpo. O pâncreas, por sua vez, produz a insulina, um hormônio que facilita a entrada da glicose do sangue para os tecidos do organismo.

Entretanto, a manutenção equilibrada dos níveis de glicose é essencial. A quantidade recomendada no sangue, após cerca de 8 horas de jejum, não deve ultrapassar 99 miligramas por decilitro (mg/dL).

Níveis entre 100mg/dL e 125 mg/dL indicam alterações, mas ainda não configuram diabetes. Valores superiores geralmente requerem exames adicionais ou a solicitação de testes complementares pelo médico para confirmar o diagnóstico.

O que leva ao aumento da glicose?

A dificuldade do pâncreas em produzir insulina e a insuficiência desse hormônio resultam na incapacidade do organismo em utilizar corretamente a glicose. Esse desequilíbrio, muitas vezes causado por sobrecarga pancreática, leva ao aumento da concentração de açúcar no sangue, resultando na hiperglicemia. Este fenômeno compromete a produção de energia e perpetua o aumento dos níveis de glicose.

Em geral, o problema é desencadeado pelo consumo excessivo de açúcares e gorduras, além de hábitos alimentares prejudiciais. O sedentarismo também contribui, reduzindo o gasto energético do corpo.

No entanto, outros fatores, como picos de estresse e o uso de medicamentos que afetam a produção e utilização de insulina, podem resultar em hiperglicemia.

Quais são as consequências da glicose alta?

A elevação da glicose pode manifestar sintomas inicialmente sutis, muitas vezes confundidos com aspectos normais do dia a dia ou atribuídos a outros problemas. Os sintomas precoces mais comuns incluem sede excessiva, fadiga, micção frequente, dores de cabeça e visão turva.

Persistindo a alta de glicose, surgem sintomas tardios como boca seca, náuseas, vômitos, dores abdominais e maior propensão a infecções. Esses sinais também podem indicar o desenvolvimento de outros problemas de saúde, sendo a diabetes a principal consequência.

Diabetes

A diabetes, já considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 400 milhões de pessoas globalmente. O desenvolvimento silencioso da doença muitas vezes leva os pacientes a descobrirem o problema somente após complicações graves, como obstrução de artérias, insuficiência renal, problemas de visão ou até mesmo infarto do miocárdio.

Exames frequentes permitem a identificação do estágio pré-diabetes, onde os níveis de glicose estão acima do normal, mas ainda não suficientes para caracterizar a doença. Nesse momento, o paciente pode adotar medidas para reduzir a glicose e prevenir o avanço do quadro.

É crucial ressaltar que essa informação se aplica especificamente à diabetes tipo 2. Na diabetes tipo 1, de origem autoimune, o próprio organismo ataca as células do pâncreas, impactando a produção de insulina. Portanto, não é possível evitar o desenvolvimento da doença mesmo com o diagnóstico de pré-diabetes. Além disso, o tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes, enquanto o tipo 2 é prevalente em adultos acima de 40 anos, apesar do aumento da incidência em crianças devido à obesidade infantil.

O que fazer para reduzir a glicose?

Para prevenir a evolução da glicose alta para diabetes, é crucial que o paciente adote medidas para reduzir a concentração da substância no sangue. Essas medidas geralmente incluem a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada, consumo de frutas, verduras e legumes, alimentação fracionada a cada 3 horas com porções controladas, e a redução do consumo de açúcar e gorduras.

A prática de exercícios físicos contribui para o aumento do gasto de glicose, auxiliando no controle da concentração sanguínea e na manutenção dos níveis normais de insulina, sem sobrecarregar o pâncreas. A escolha da atividade física pode ser personalizada de acordo com as preferências individuais, abrangendo desde caminhadas até atividades como lutas, danças, natação e musculação.

Para aqueles que precisam modificar seus hábitos alimentares, contar com a orientação de nutricionistas ou nutrólogos pode ser essencial. Esses profissionais podem auxiliar na elaboração de uma dieta adequada, com restrições moderadas e substituições que facilitam a manutenção da saúde sem grandes sacrifícios.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

Tags

Autor