TIROS EM PARIS

TIROTEIO EM PARIS: ataque a tiros deixa mortos e feridos na capital da França, na antevéspera do Natal

A polícia de Paris investiga um tiroteio que terminou com mortos e feridos em uma comunidade de curdos

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Julianna Valença

Publicado em 23/12/2022 às 11:39 | Atualizado em 23/12/2022 às 12:38
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A polícia de Paris investiga um tiroteio que terminou com pelo menos três mortos e três feridos nesta sexta-feira (23), na França, dois dias antes do Natal. Nesta época, a cidade recebe milhares de turistas. As informações da AFP.

Os disparos começaram meio-dia, na área do 10º 'arrondissement' de Paris, famoso pelos restaurantes e bares, e pela alta presença da comunidade curda. Segundo a polícia, o ataque foi executado por um homem de 69 anos com nacionalidade francesa.

"Vimos um velho senhor branco entrar e atirar no centro cultural curdo, depois ele foi ao salão de cabeleireiro ao lado. Nos refugiamos no restaurante com os funcionários", testemunhou Romain, vice-diretor do restaurante Pouliche Paris, localizado na mesma rua.

 

Thomas SAMSON / AFP
Polícia investiga tiroteio em Paris nesta sexta-feira (13), dois dias antes do Natal - Thomas SAMSON / AFP

TIROTEIO EM PARIS

Uma investigação foi aberta por homicídios dolosos e violência com agravante. O autor dos disparos foi preso.

Segundo duas fontes policiais, o responsável pelo crime é um condutor de trem aposentado que já tem passagem por duas tentativas de homicídio - cometidas em 2016 e dezembro de 2021.

Ele não constava, porém, nos arquivos de inteligência territorial e da Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI), segundo a mesma fonte.

"O assassino, ele mesmo (ferido e) em relativo estado grave, foi levado ao hospital", informou a prefeita do 10º arrondissement, Alexandra Cordebard.

Em viagem pelo norte do país, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, comentou no Twitter que estava voltando a Paris "após o dramático tiroteio ocorrido esta manhã".

"Todos os meus pensamentos estão com os entes queridos das vítimas", expressou.

LUTO PARIS

No local do tiroteio, a comoção era grande. Membros do centro cultural Ahmed Kaya choravam, abraçando-se para se consolar, observou um jornalista da AFP.

Alguns, dirigindo-se à polícia, gritavam "está recomeçando, vocês não estão nos protegendo, estão nos matando".

"Sete a oito tiros na rua, foi pânico total, nos trancamos dentro da loja", relatou à AFP um lojista de um prédio vizinho que preferiu permanecer anônimo.

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