CHACINA NO DF

CHACINA DF: Mais corpos de família desaparecida em Brasília são reconhecidos; Veja últimas notícias

Ao todo, a polícia já encontrou 10 corpos de vítimas que estavam desaparecidas no Distrito Federal

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Publicado em 25/01/2023 às 14:27

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Corpos com sinais de violência foram encontrados em uma cisterna - **TV GLOBO/REPRODUÇÃO**

A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que identificou os três corpos encontrados, na madrugada da terça-feira (24), em uma cisterna em Planaltina. Eles são mesmo de integrantes da família que está desaparecida.

O corpo masculino é de Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, marido da cabeleireira Elizamar da Silva, 39. Ela e os três filhos mais novos do casal foram os primeiros desaparecidos da família. (Veja lista completa mais abaixo)

As outras duas vítimas encontradas na cisterna foram: Ana Beatriz Marques de Oliveira, 19, e a mãe dela, Cláudia Regina Marques de Oliveira, 55.

Ao todo, a polícia confirma que já encontrou as dez vítimas da chacina no Distrito Federal. Todos os corpos foram reconhecidos oficialmente.

A polícia conseguiu chegar até a cisterna após um dos suspeitos pelo crime fornecer a localização dos corpos. As vítimas tinham sinais de violência.

Três suspeitos já estão presos preventivamente. A polícia ainda procura outros envolvidos no caso. A chacina teria sido motivada por dinheiro.

VEJA O QUE SE SABE SOBRE O DESAPARECIMENTO DA FAMÍLIA NO DF

O crime começou a ser investigado após o desaparecimento de Elizamar da Silva e dos filhos mais novos: Gabriel, 7, e Rafael e Rafaela, ambos de 6 anos. O sumiço foi no dia 12 de janeiro de 2023.

No dia seguinte (13/01), a polícia encontrou o veículo dela carbonizado com quatro corpos dentro às margens da GO-436, Km 69, entre Luziânia e Cristalina, em Goiás. A polícia confirmou, na última quinta-feira (19), que os corpos eram da cabeleireira e os filhos dela.

O desaparecimento foi informado à polícia pelos dois filhos mais velhos da mulher - um homem de 24 anos e outro de 18.

Inicialmente, a polícia acreditava que o marido da cabeleireira, Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, e o sogro dela, Marcos Antônio Lopes de Oliveira (pai de Thiago), seriam os mentores da chacina. Mas, posteriormente, eles também apareceram mortos.

Eles chegaram a ser considerados suspeitos porque dois homens presos contaram à polícia que pai e filho teriam mandado matar a cabeleireira para ficar com o dinheiro da família.

Na madrugada do dia 16 de janeiro, na BR-251, o carro do sogro de Elizamar foi encontrado, também carbonizado, com dois corpos dentro. A polícia confirmou que se tratavam de Renata Juliene Belchior, 52, mãe de Thiago e sogra de Elizamar, e da filha dela, Gabriela Belchior, 24.

No dia 19, a polícia confirmou que um corpo encontrado em um cativeiro onde a família ficou é do sogro da cabeleireira (Marcos) - trazendo a reviravolta ao caso.

Local onde família foi mantida refém - **PCDF**

CHACINA NO DF MOTIVADA POR DINHEIRO

A suspeita é de que os homens tenham matado a família para pegar parte do dinheiro das vítimas.

De acordo com os investigadores, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, tinha R$ 40 mil na conta. Já Gideon Batista de Menezes, 55, tinha R$ 14 mil em espécie no momento da prisão. Ambos foram detidos no dia 17. O terceiro preso é Fabrício Silva Canhedo, 34.

“Eles eram amigos próximos da família. Sabiam que alguns estavam com dinheiro na conta ou no bolso. Assim, acreditamos que mataram um por um”, disse o delegado Ricardo Viana.

A investigação aponta que os suspeitos sabiam que a cabeleireira estava com R$ 10 mil em dinheiro para investir no salão de beleza que mantinha na Asa Norte. Ela foi a primeira a desaparecer junto aos três filhos mais novos, no dia 12 de janeiro.

Já Renata Juliene Belchior, 52, mãe de Thiago e sogra de Elizamar, tinha vendido um imóvel por R$ 400 mil.

Posteriormente, entraram na lista de desaparecidos Claudia Regina Marques de Oliveira, que é ex-mulher do sogro de Elizamar, e a filha do casal, Ana Beatriz Marques de Oliveira. A polícia confirmou que encontrou os corpos dela numa cisterna.

Segundo a polícia, elas também seriam uma "segunda família" de Marcos Antônio.