OPERAÇÃO

Líder de facção, preso pela Polícia Federal, tinha chupeta de ouro

No total, 13 pessoas foram presas na operação realizada em Pernambuco, Bahia e Sergipe. Líder do grupo é filho de um político

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 21/06/2023 às 9:22 | Atualizado em 21/06/2023 às 12:41
POLÍCIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO
Até uma chupeta banhada a ouro foi encontrada com o líder do grupo - FOTO: POLÍCIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO

Uma operação da Polícia Federal prendeu integrantes de uma facção criminosa especializada em tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro, com atuação em Pernambuco e na Bahia. Um dos capturados foi o líder do grupo, que foi encontrado escondido em uma mansão avaliada em R$ 2 milhões. Entre as apreensões no local, chamou a atenção da polícia uma chupeta de bebê banhada a ouro. 

Nessa terça-feira (20), 13 suspeitos foram presos - sendo nove em cumprimento de prisão temporária e quatro em flagrante - na Bahia, Pernambuco e Sergipe. Além disso, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Foi deferido, ainda, o sequestro de bens e bloqueio de valores de oito investigados. Todos seriam integrantes da facção conhecida como Honda. 

De acordo com a Polícia Federal, o líder da facção é filho de um vereador do município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ele estava morando em Aracaju, no Sergipe. Na mansão, além da chupeta de ouro, a polícia apreendeu dois carros de luxo e joias. Todo o material vai passar por perícia. 

Com os outros presos, foram apreendidos drogas, armas, munições, aparelhos celulares, R$ 9 mil em dinheiro e veículos. 

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Operação da Polícia Federal prendeu suspeitos de integrar facção especializada em tráfico de drogas e homicídios - POLÍCIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO

A Operação Astreia, como foi denominada, contou com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais do Ministério Público da Bahia e das polícias militares dos dois estados onde o grupo criminoso atua.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas as penas somadas pode chegar a 33 anos de prisão. Caso seja comprovado o crime de homicídio, a pena é de 12 a 30 anos.

NOME DA OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

Astreia, nome da operação da Polícia Federal, é considerada a Deusa da Pureza (na mitologia grega), o que se correlaciona à suposta qualidade da droga comercializada pela facção.

"Além disso, a Deusa Astreia traz a imagem da balança, símbolo da justiça, para lembrar aos homens que tudo tem seu contraponto. A Polícia Federal continuará a apuração, na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes", disse, em nota, a Polícia Federal. 

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