ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Membro da cúpula do PCC é preso em condomínio de luxo no Litoral Sul de Pernambuco

Odair Lopes Mazzi Júnior, o Dezinho, usava nome falso e vivia como turista na Praia dos Carneiros

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 11/07/2023 às 19:32 | Atualizado em 13/07/2023 às 12:57
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Procurado desde 2020, acusado é responsável por gerenciar a maior parte do tráfico de drogas do PCC no exterior - FOTO: MPSP/DIVULGAÇÃO

Um dos homens mais procurados do Brasil, Odair Lopes Mazzi Júnior, o Dezinho, de 40 anos, foi preso em um condomínio de luxo na Praia dos Carneiros, no Litoral Sul de Pernambuco, nesta terça-feira (11). Ele é apontado como um dos membros da cúpula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.

A prisão foi realizada pela Polícia Civil de Pernambuco, em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). De acordo com as investigações, o acusado usava um nome falso e vivia como turista em resorts de praias. 

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Dezinho é o responsável por gerenciar a maior parte do tráfico de drogas do PCC no exterior. Também é acusado de controlar a movimentação financeira da organização criminosa e da lavagem de dinheiro. 

"Ele foi um dos responsáveis pelo envio de 1 bilhão e 200 milhões de reais do PCC para o Paraguai, em 2020. Estávamos procurando ele em vários estados, como Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Santa Catarina, e conseguimos a prisão dele. Uma prisão extremamente importante, estávamos atrás desse foragido há mais de três anos", afirmou o promotor Lincoln Gakiya, do MPSP, à coluna Segurança

 

Foragido desde 2020, após ser denunciado na operação Sharks do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPSP, ele era uma das principais lideranças da facção em liberdade. Ele seria responsável pelo transporte de mais de 15 toneladas de cocaína em um único ano.

A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco monitorou as atividades do alvo a partir de informações compartilhadas pelo MPSP, que investiga e monitora o criminoso desde 2012.

Com o criminoso, foram apreendidos documento de identificação falsos, cartões de crédito e celulares.

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Cartões foram apreendidos com o membro do PCC - MPSP/DIVULGAÇÃO

"Ele deve ser recambiado para São Paulo e o Ministério Público deve pedir a remoção dele para o sistema penitenciário federal", disse o promotor. 

O PCC é considerado a maior facção do País. Especializada no tráfico de drogas, o grupo está presente em todos os estados e tem forte atuação internacional. 

NÚMERO 2 DO PCC TAMBÉM FOI PRESO EM PERNAMBUCO

Em abril de 2022, Valdeci Alves dos Santos, considerado o número 2 do PCC, também foi preso em Pernambuco. A prisão de Colorido, como é conhecido, aconteceu no município de Salgueiro, no Sertão,  durante a abordagem a uma caminhonete de luxo. Ele apresentou um documento com indícios de falsificação, o que chamou a atenção dos policiais rodoviários federais. 

Ele estava foragido desde agosto de 2014, quando deixou o Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso, em São Paulo, numa saída temporária. Desde então, vinha sendo procurado pela Polícia Federal.

Após a nova prisão, ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília. 

De acordo com o MPSP, Valdeci viveu refugiado na Bolívia, negociando cocaína em nome da facção, para envio ao Brasil.

 

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