Polícia Federal prende brasileiros que planejavam ataques terroristas
Operação, deflagrada nesta quarta-feira (11), cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em três estados do País
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (8), uma operação com o objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no País.
Na Operação Trapiche, como foi denominada, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte (MG).
De acordo com apuração da TV Globo, os alvos da operação têm ligação com o grupo armado libanês Hezbollah. Policiais federais identificaram que eles fizeram viagens recentes a Beirute (capital do Líbano).
Os brasileiros estariam se preparando para a realização de ataques em prédios da comunidade judaica.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou a operação em conversa com jornalistas pela manhã. Ele declarou que a Polícia Federal trabalha com a "hipótese" de que uma rede terrorista estaria se instalando no País. "A polícia federal está investigando e mostrando que estamos do lado da lei", disse.
As prisões temporárias foram cumpridas em São Paulo. No estado, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão.
Em Minas Gerais, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos. No Distrito Federal, mais três.
CRIMES
Segundo a Polícia Federal, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e seis meses de reclusão.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.