Justiça condena homem por estupro e homicídio de estudante em Glória do Goitá
Homem, que ficou conhecido como "Lázaro pernambucano", também é réu pelo assassinato de outra jovem no mesmo município
A Justiça condenou a 43 anos e oito meses de prisão o homem acusado de estuprar e matar uma estudante no município de Glória do Goitá, Zona da Mata de Pernambuco. O júri popular aconteceu nesta quarta-feira (17), no fórum da cidade.
Edson Cândido Ribeiro, 37 anos, que ficou conhecido como "Lázaro pernambucano", está preso desde 7 de fevereiro de 2022, após oito dias de intensas buscas da polícia para capturá-lo. Ele foi condenado pelos crimes cometidos contra Jailma Muniz da Silva, 19.
De acordo com as investigações, a estudante levava o café da manhã para a mãe, que estava trabalhando na lavoura, quando foi surpreendida por Edson, que a estuprou e matou, na madrugada de 31 de janeiro de 2022. O corpo dela foi encontrado na Zona Rural do município, às margens da rodovia PE-50, no mesmo dia.
A sessão do júri popular foi presidida pelo juiz Gabriel Araújo Pimentel. Ao todo, cinco testemunhas foram ouvidas em plenário antes do interrogatório do réu. Logo depois, aconteceram os debates entre a promotoria e os assistentes de acusação e defesa. E, em seguida, os jurados deram o veredito por meio de votação sigilosa.
O réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e com a utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), estupro e furto.
Edson também é réu pelo assassinato de Kauany Maiara Marques da Silva, 18, em 29 de janeiro do mesmo ano. O corpo dela foi encontrado na comunidade de Capuchinho, com sinais de violência, uma semana depois.
ASSASSINO SE ENTREGOU APÓS MEGAOPERAÇÃO
Durante oito dias, vários batalhões especializados da Polícia Militar participaram das buscas por Edson - inclusive em municípios vizinhos a Glória do Goitá, como Vitória de Santo Antão e Pombos.
Às vésperas dele se entregar, a PM chegou a afirmar que um helicóptero da Secretaria de Defesa Social teria visto ao menos três vezes o assassino sem camisa, segurando um facão, e correndo pela mata. Mas não foi possível capturá-lo.
Por meio de uma negociação com parentes, a polícia chegou até o acusado, que estava escondido em uma casa.