Empresário Rodrigo Carvalheira é solto do Cotel; MPPE oferece denúncia à Justiça
Justiça concedeu a liberdade provisória, nesta quarta-feira (17), mas suspeito está usando tornozeleira eletrônica
Após ficar seis dias preso, o empresário pernambucano Rodrigo Dib Carvalheira deixou o Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, no final da tarde desta quarta-feira (17). A liberdade provisória foi concedida pela Justiça, mas o suspeito de estupro permanecerá usando uma tornozeleira eletrônica.
No início da noite, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) confirmou que ofereceu a primeira denúncia à Justiça contra o empresário. Outras duas investigações, concluídas pela Polícia Civil, ainda estão sob análise de promotores. Os crimes atribuídos ao suspeito na denúncia não foram revelados.
A 18ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) vai decidir se aceita ou não a denúncia. Por enquanto, além do monitoramento eletrônico, o empresário não poderá deixar o País. Ele teve o passaporte retido.
As queixas foram feitas por três mulheres (todas do círculo social e de amizade do empresário), que afirmaram que foram dopadas e, quando acordaram, apresentavam sinais de abuso sexual - os casos ocorreram entre os anos de 2009 e 2019.
De acordo com a TV Globo, duas novas vítimas procuraram a Polícia Civil para denunciar o suspeito. Os casos estão sob apuração.
O QUE DIZ A DEFESA?
Em nota à imprensa, a advogada Graciele Queiroz, que representa Carvalheira, informou que recebeu "com naturalidade a decisão da Justiça Pernambucana, que acolheu o pedido da defesa e restabeleceu a liberdade do Rodrigo Carvalheira".
"Reforçamos que o empresário sempre esteve à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários", informou o texto.
Quem é Rodrigo Carvalheira?
Além de empresário do ramo imobiliário e também atuar com produções de eventos, Rodrigo Carvalheira foi eleito presidente do PTB em Pernambuco, em outubro de 2023.
O partido se fundiu ao Patriota e se tornou o PRD. Ele foi secretário de Turismo do município de São José da Coroa Grande, no Litoral Sul do Estado, por um ano, e deixou o cargo em dezembro de 2023 por "fins políticos", de acordo com a gestão municipal.
A Executiva Nacional do PRD decidiu que expulsá-lo do quadro de filiados, após o anúncio da prisão.