Policiais estão atuando como maqueiros e na cozinha do Hospital da PM no Recife

Corporação explicou que medida foi necessária porque a empresa terceirizada responsável pelos serviços encerrou atividades após declarar falência

Publicado em 23/09/2024 às 10:05 | Atualizado em 23/09/2024 às 10:07

Em meio ao déficit histórico de policiais militares em Pernambuco, integrantes de vários batalhões do Grande Recife precisaram se deslocar para dar suporte ao Centro Médico Hospitalar da PM, localizado no bairro do Derby, área central da capital. 

Segundo a Polícia Militar, a medida foi necessária porque a empresa terceirizada responsável pelos serviços de copa e maqueiros encerrou suas atividades após declarar falência, "deixando de efetuar os pagamentos de seus funcionários, apesar de ter recebido os repasses financeiros previstos". 

A coluna Segurança apurou que os funcionários estariam sem receber salários e vale-transporte há pelo menos dois meses. 

Policiais militares do Batalhão de Choque, da Cavalaria e de outras unidades especializadas estão ocupando os postos deixados por parte dos funcionários ligados à empresa terceirizada. 

"Diante da ausência de alguns profissionais da copa, policiais militares voluntariaram-se para, de forma temporária, assumir essas funções, garantindo a continuidade dos serviços básicos da unidade", argumentou, em nota, a Polícia Militar. 

Alguns policiais reclamam que, na prática, o "serviço extra" não é voluntário. Diante da necessidade, comandantes insistem para que membros do efetivo se apresentem ao hospital da PM para ocuparem as vagas, evitando que os serviços sejam interrompidos. 

A Polícia Militar não deu prazo para que uma nova empresa seja contratada. 

"As medidas administrativas necessárias estão sendo adotadas para solucionar a situação de forma definitiva", informou. 

EFETIVO DA PM EM PERNAMBUCO

Atualmente, a Polícia Militar de Pernambuco conta com um efetivo de cerca de 16 mil profissionais na ativa - sem contar os que estão afastados por saúde ou em período de férias.

O Portal da Transparência estima que o número mínimo deveria ser de 27 mil. 

A promessa do governo estadual é convocar e nomear até 5.250 concursados até o final de 2026. A primeira turma deve se formar em maio do ano que vem. 

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