Há alguns dias, o rapper baiano Baco Exu do Blues vinha anunciado que faria sua parte para os tempos de isolamento. Tratava-se de um EP, intitulado Não Tem Bacanal na Quarentena, com nove faixas. Como prometido, o projeto chegou ao mundo na tarde da última segunda-feira (30), já disponível nas principais plataformas de streaming.
Segundo o rapper, o EP foi gravado em homestudio em três dias, passando por eventos recentes do período atual, da quarentena ao BBB. Era o que já indicava os títulos das faixas divulgados anteriormente, que incluiam 'Preso em Casa Cheio de Tesão', 'Amo Cardi B e Odeio Bozo' e 'Tropa do Babu', em referência ao ator Babu Santana, participante atual do BBB 20.
As outras faixas são: Jovem Preto Rico, Tudo Vai Dar Certo, Ela É Gostosa Pra Caralho, Humanos Não Machucam Deuses, O Sol Mais Quente e Dedo no Cu e Gritaria. O disco conta com produções de nomes como JLZ, Nansy Silvz, PG e DKVPZ.
HISTÓRICO
O trabalho anterior de Baco foi o disco Bluesman (2018), que acabou levando a popularidade do baiano para um público mais amplo, principalmente um que não é tradicionalmente ligado ao rap. Um dos pontos mais debatidos sobre Bluesman nas redes sociais foi a quantidade das ditas love songs, as canções mais românticas, dentro do projeto.
Em Esú, a faixa que mais causou fuzuê foi justamente uma delas, intitulada Te Amo Disgraça e teve quem dissesse que o baiano tentou repetir a temática para o sucesso. O baiano discordou, em entrevista ao Jornal do Commericio na época. "Elas têm um sentido mais profundo do que apenas uma love song. Eu falo da saúde mental do jovem negro, tento burlar o tapinha nas costas que dão. Um preto falando de amor é muito ofensivo para várias pessoas", afirmou. Confira a entrevista completa.
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