O escritor e dramaturgo Antonio Bivar morreu, aos 81 anos, no início da tarde deste domingo (5), de complicações respiratórias em decorrência da covid-19.
Bivar faleceu no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo. O autor deixa irmãos e sobrinhos.
Ele se estabeleceu como um dos nomes da contracultura brasileira durante o regime militar, com participação intensa na agitação cultural. Foi responsável por organizar um dos mais importante festivais de música punk do Brasil, em 1982, no SESC Pompeia, em São Paulo. Exilou-se em Londres, na Inglaterra, onde conviveu com personalidades como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Mautner e Leilah Assumpção.
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Publicou obras como os livros "O que é Punk" (1982) e Verdes vales do fim do mundo (1984), e a peça Alzira Power (1969). Seu último trabalho foi a autobiografia "Perseverança", lançada em setembro no ano passado pela Editora Humana Letra.
O amigo e escritor Aimar Labaki lamentou sua morte. Nas redes sociais, escreveu que Bivar "bem viveu para melhor contar".
"O que não dá para reproduzir, para quem não conheceu, é a voz, o ritmo, a risada contida quando achava graça do que ele mesmo tinha insinuado, a memória prodigiosa a que agregava alguma fantasia conscientemente, o amor pelo brilho, sem deslumbre algum", disse Aimar em outra publicação.
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