A cozinha do jovem chef Pedro Godoy, 29 anos, já é puramente solar, não importando em que horário ela seja apresentada ao cliente. Ainda que à noite, perto do fechamento, a culinária praticada no restaurante Arvo emana luminosidade, frescor, atemporalidade. Então, não é de admirar que o recém-lançado café da manhã, disponibilizado aos sábados e domingos, das 8h às 11h, já tenha começado como um sucesso, mesmo em fase de testes.
O imenso quintal, que serve como cenário principal, ajuda — as mesas espalhadas sob as árvores têm o distanciamento ideal nesses tempos que não permitem aglomeração. Mas não é só isso. Ao folhear o rol de opções elaboradas por Godoy nos deparamos com uma síntese da vida como ele gosta de levá-la. Está lá o aprendizado adquirido em temporada nos restaurantes australianos, mas também comparecem as raízes familiares fincadas tanto na capital pernambucana quanto no Agreste do Estado. É isso: o que Pedro Godoy propõe tem alma agreste e cosmopolita.
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Comecem com o bowl de frutas com iogurte caseiro, granola, mel de abelha nativa e coco fresco ralado. Se você não é “muito de frutas”, esqueça este “detalhe” e mergulhe: trata-se da sinfonia que só tudo junto é capaz de produzir. É farto (R$ 20), então, pode ser dividido para provar mais coisas.
Os pratos saídos do fogão têm apelo indiscutível. Fomos no café da manhã regional e escolhemos o menu que tem charque acebolada crocante, cuscuz com coco, bacon caramelizado, queijo coalho acebolado no mel de engenho e ovo frito. Custa R$ 55 e serve folgadamente duas pessoas.
Os pães feitos na casa merecem figurar nas melhores panificadoras, daí não resistirmos a provar, do capítulo de sanduíches, o simples misto quente no pão brioche com salame e queijo do reino (R$ 25) e ainda solicitar um croissant (R$ 13) por fora. Existe ainda a alternativa de você montar seu próprio desjejum com seis opções (R$ 75).
SERVIÇO:
Arvo Restaurante — Rua Djalma Farias, 170, Torreão.
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