Mostra Periférica exibe filmes brasileiros e latino-americanos
Terceira edição do evento gratuito em Camaragibe começa nesta terça-feira (23) e as obras serão veiculadas virtualmente
A Periférica - Mostra de Cinema de Camaragibe realiza sua terceira edição a partir desta terça-feira (23) e vai até o próximo domingo (28), em formato online. Será uma oportunidade do público fazer sua sessão de cinema em casa neste momento de quarentena rígida em Pernambuco. A mostra promove a exibição de 62 curtas-metragens, de 18 estados brasileiros e de quatro países da América Latina (Peru, Bolívia, Colômbia e Argentina), além de sessões especiais com quatro longas-metragens e três oficinas. Reunindo filmes de ficção, animação, documentário e experimental, as obras estão disponíveis gratuitamente através do site www.periferica.art.
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A programação da Periférica é composta por sessões de curtas-metragens que ficam disponíveis para o público assistir nos seis dias de evento, em qualquer horário. A mostra Aquarela reúne curtas brasileiros; a mostra Josenita Duda, curtas realizados por mulheres cis e trans e pessoas LBTQAI+; a mostra Origens, curtas feitos por pessoas negras, indígenas e povos ciganos; e a mostra Dona Dora - homenageada do festival este ano - com curtas produzidos em países da América Latina.
“Recebemos mais de 400 filmes nesta terceira edição da Periférica, foi uma grande surpresa a quantidade e a qualidade dos filmes inscritos. A comissão curadora partiu do conceito 'Romper Fronteiras. Abrir Territórios'. Viver neste país numa crise pandêmica não está sendo fácil, mas o que nos resta é resistir e seguir rompendo fronteiras e abrindo territórios”, destaca Ângelo Fábio, um dos curadores da mostra, que pela primeira vez terá filmes latino-americanos, além de brasileiros.
Um dos destaques da mostra Aquarela é o filme Seremos Ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR), que traz Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidades diferentes, que compartilham suas lutas e trajetória no movimento feminista surdo.
Entre os filmes de ficção, está 4 Bilhões de Infinitos, de Marco Antonio Pereira (MG), que mostra uma família que vive com a energia de casa cortada, e enquanto a mãe trabalha, seus filhos conversam sobre ter esperança.
Na mostra Origens, um dos curtas selecionados é o documentário Princesa do Meu Lugar, de Pablo Monteiro (MA). O filme apresenta festas populares do Maranhão e do Pará, um encontro de brincadeiras que navegam em águas doces e salgadas e desembocam em solo paraense.
LONGAS
A Periférica também traz sessões de longas-metragens. As exibições iniciam às 19h, e cada filme fica disponível por 24h no site oficial da mostra. Nesta quarta-feira (24), o longa-metragem em destaque é o filme brasileiro King Kong en Asunción, do pernambucano Camilo Cavalcante. A obra propõe uma integração cultural entre Bolívia, Paraguai e Brasil e pretende abolir as fronteiras, fomentar um olhar crítico evidenciando o quanto temos em comum em nossa realidade economicamente perversa. O longa foi premiado em diversos festivais nacionais e internacionais.
No dia 25 e 26 de março, são disponibilizados dois filmes mexicanos: Negra, de Medin Tewold, e Tote Abuelo, com direção de María Arias Martínez. No dia 27, o longa exibido é Del Palenque de San Basilio, de Esperanza Biohó e Erwin Goggel (Colômbia).
HOMENAGEM
A Periférica a cada edição presta uma homenagem a uma personalidade de Camaragibe. Nesta edição, o evento terá como homenageada Dona Dora, liderança da cultura popular que, desde 1965, mantém o Boi Rubro Negro, tradicional agremiação carnavalesca de Camaragibe, com sede no bairro Alto Santo Antônio.
SERVIÇO
3ª Periférica - Mostra de Cinema de Camaragibe
Data: 23 a 28 de março de 2021
Endereço da mostra: www.periferica.art
Programação
50 curtas disponíveis: podem ser assistidos em qualquer dia e horário no período da mostra.
Sessões de longas-metragens disponíveis por 24h: Um filme a cada dia, a partir das 19h.
De 24 a 25/03 - King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante (Brasil)
De 25 a 26/03 - Negra, de Medin Tewold (México)
De 26 a 27/03 - Tote Abuelo, de María Arias Martínez (México)
De 27 a 28/03 - Del Palenque de San Basilio, de Esperanza Biohó e Erwin Goggel (Colômbia)