Belchior, 75 anos: cantor e compositor é tema de bate-papo promovido pela Fundaj; confira como assistir
Chris Fuscaldo, autora de livro sobre o músico cearense, será uma das convidadas
Se estivesse vivo, Belchior completaria 75 anos no próximo dia 26 de outubro. O cantor e compositor cearense, nascido na cidade de Sobral, solidificou seu nome como um dos mais importantes da música popular brasileira ao assinar clássicos como Apenas um Rapaz Latino-Americano, Alucinação, Como os Nossos Pais - ainda mais aclamada ao ganhar visceral interpretação de Elis Regina, Velha Roupa Colorida, Coração Selvagem, Tudo Outra Vez e Galos, Noites e Quintais.
Além do enorme talento, o artista acabou concentrando grande atenção também em torno de sua trajetória pessoal, ao optar, nos últimos anos de vida, pela reclusão, em uma espécie de autoexílio. Distante de fama e agitação, caminhou pelo Uruguai e localidades do sul brasileiro, como o município de Santa Cruz do Sul, onde faleceu, em 30 de abril de 2017, aos 70 anos.
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Foram justamente os derradeiros momentos da jornada de Belchior que inspiraram a jornalista e escritora Chris Fuscaldo a planejar e escrever o livro Viver é Melhor que Sonhar — Os Últimos Caminhos de Belchior (Sonora Editora, 260 páginas), feito em parceria com o também jornalista e doutor em literatura Marcelo Bortoloti e publicado no início deste ano. A obra será um dos pontos abordados pela autora durante debate realizado pelo canal Sonora Coletiva, projeto da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Participa também o músico pernambucano Juvenil Silva, integrante da A Banda dos Corações Selvagens, que homenageia a obra de Belchior.
COMO ASSISTIR
A live Belchior. Viver é melhor que sonhar acontece na próxima quinta-feira (21), a partir das 19h, no canal do multiHlab no YouTube. Participam, pela Fundaj, Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto. O acesso é gratuito.
HERDEIRA DE BELCHIOR
Em julho, um pouco mais do legado de Belchior veio a público. Vannick Belchior, filha do artista, fez seu primeiro show, em Fortaleza. A apresentação ganhou o título de Coisas que Aprendi nos Discos, trecho retirado da música Como Nossos Pais, parte do repertório escolhida por ela em celebração ao pai.
Pelo menos 17 faixas de Belchior estiveram no roteiro do show, que teve direção musical de Tarcísio Sardinha, ex-parceiro de trabalho do cearense. O timbre de Vannick lembra bastante o do pai. Confira no vídeo abaixo: