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Francisco José e Renato Machado são demitidos da TV Globo, diz site

Francisco José atuava na TV Globo há 46 anos; ele era repórter especial da emissora, fazendo reportagens para Fantástico e Globo Repórter

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Bruno Vinicius

Publicado em 29/11/2021 às 14:53 | Atualizado em 29/11/2021 às 19:45
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O jornalista Francisco José está fora da TV Globo após 46 anos. De acordo com o Notícias da TV, a emissora também não renovou seu vínculo com o repórter Renato Machado. Ambos tinham mais de 4 décadas de casas e atuavam no Globo Repórter. Na semana passada, a Isabela Assumpção foi demitida depois de 41 anos na Globo.

Segundo o site, o diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel, emitiu um comunicado para os jornalistas por e-mail. "Chico José, cearense de Crato, começou a trabalhar como jornalista em 1966 no Jornal do Commercio do Recife, antes mesmo de a profissão ser regulamentada, como ele gosta de frisar. Pelo jornal, Chico cobriu duas Copas do Mundo e chamou atenção de Armando Nogueira, que o convidou para ser repórter e apresentador do Globo Esporte. O programa começaria a ser exibido na capital pernambucana. Depois de estrear em frente às câmeras, em 1975, achou que a TV não era para ele".

O diretor finalizou o e-mail, agradecendo o profissionalismo de José, que foi o primeiro repórter da região a aparecer no Jornal Nacional, principal jornalístico da Globo. "Eu agradeço ao Chico José, cearense do Crato, cidadão de Pernambuco, jornalista do Brasil, por todo o legado que nos deixa e por tudo o que fez pelo nosso jornalismo. Em meu nome, no nome da Globo e no de seus colegas", disse o comunicado.

Relembre a carreira de Francisco José

Apesar de começar a carreira em jornalismo como repórter de esportes deste JC, Francisco José construiu uma carreira de mais de 4 décadas - confundindo com a própria história da Globo Nordeste, atual Globo Pernambuco. Durante anos, ficou reconhecido por cobrir a seca na região. Também foi um apaixonado por cobertura do carnaval. Atuou como repórter especial para o "Fantástico" e "Globo Repórter". 

Durante muitos anos, Francisco José foi o responsável pela cobertura da seca no Nordeste, acompanhando o drama de milhares de pessoas. "No início, a palavra ‘fome’ era proibida pela censura. Mas bastava gravar uma panela vazia para dizer tudo. No meu trabalho mostro também o lado bonito do Nordeste. Mas o lado feio é tão marcante que é o que costuma ficar na memória das pessoas", relembrou ele, ao projeto Memória Globo.

Um dos episódios mais impactantes na trajetória de Francisco José aconteceu no Recife, na cobertura de um assalto a banco em 1987. Uma mulher grávida estava sendo ameaçada com um revólver na cabeça. O repórter, então, propôs a ficar como refém no lugar dela e realizou uma enorme e tensa perseguição que terminou em Salvador.

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