'Tenho carinho e respeito pela cultura do Recife', diz Luísa Sonza, que levou o brega para o palco
Primeira apresentação da cantora no Estado teve participação de MC Cabelin, do brega-funk, e de Luiza Ketilyn, do brega romântico: 'Os MCs são maravilhosos. A gente ama, o Brasil ama'
Uma das artistas pop mais tocadas do país, a cantora Luísa Sonza fez seu primeiro show em Pernambuco na madrugada do último domingo (20), na festa Baile da Anaconda, realizada no Parador, Bairro do Recife. A programação também contou com o axé de Alinne Rosa.
Utilizando do formato clássico de show de diva pop, marcado por coreografias sensuais, o espetáculo da capital pernambucana contou com participações de artistas locais: MC Cabelin, do brega-funk, e Luiza Ketilyn, nome do brega romântico que também foi atração da festa.
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"Acho que é uma forma de demonstrar o carinho e o respeito que tenho pela cultura daqui, por toda essa sonoridade e musicalidade incríveis que surgiram aqui", disse Luísa Sonza ao JC, minutos antes do show. "Eu amo o brega-funk. Os MCs são maravilhosos. A gente ama, o Brasil ama."
Já Luiza Ketilyn gravou uma versão de brega romântico (prática também comum no gênero) para a balada "Penhasco". Na época do lançamento, Sonza chegou a compartilhar um vídeo do YouTube e afirmar que "agora assim a música 'hitou'." As duas cantaram em dueto no show, acompanhadas apenas por um piano.
Apesar de nunca ter vindo ao Recife para shows, a gaúcha afirmou ter recordações positivas de visitas em outras ocasiões. "São muitas lembranças boas, pois sempre fui recebida com muito amor. Fiquei chocada com a energia que recebi na entrada, logo quando cheguei no camarim. Tenho muito amor por Recife, de verdade. Eu e minha equipe trabalhamos muito para esse show, para retribuir da forma como a cidade merece."
O Baile da Anaconda, assim como os shows atuais da cantora, divulgou o álbum "Doce 22", um dos mais bem sucedidos da música brasileira em 2021. O repertório contou com faixas como "Modo Turbo", "Café da Manhã", "Anaconda" e "VIP". "Ele é tudo na minha vida. Consegui me mostrar por completo como artista e isso não é uma tarefa fácil", disse Sonza, sobre o disco.
"Conseguir colocar isso tudo no papel, de uma maneira que o público entenda o que está na nossa cabeça, nosso coração, é uma tarefa que exige muito tempo, muito esforço. Até, digamos, tive que ter muita coragem para me jogar desse jeito, fazer essas coisas diferentes que eu queria fazer com o Doce 22. Foi muito especial a recepção do público e isso me fez entender que eu estava no caminho certo, fazendo o trabalho da maneira que eu sentia que era certo", finalizou a cantora.