Caso Daniella Perez: Por que vale a pena assistir a série documental da HBO
"Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez" traz ótica inédita para assassinato que chocou o Brasil
Retratado de forma sensacionalista pela mídia nos anos 1990, o caso do assassinato da atriz Daniella Perez (1970-1992) será revisitado por uma ótica inédita na série documental "Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez".
O projeto terá os seus primeiros episódios divulgados nesta quinta-feira (21), exclusivamente no serviço de streaming da HBO Max.
Com direção de Tatiana Issa e Guto Barra, a produção reconstitui em cinco episódios detalhes e o julgamento do caso que impactou o Brasil nos anos 1990. Os outros três episódios chegarão à plataforma de streaming na próxima quinta-feira (28).
"Eu sempre quis contar essa história, sempre quis que a verdade do processo aparecesse, que essa história fosse contada da forma que aconteceu, e não que permanecesse contada como uma novela barata, um folhetim barato, que é como ela ficou na memória das pessoas", diz Glória Perez, na abertura da série.
Daniella Perez: série revela detalhes da investigação
A atriz e bailarina Daniella Perez, filha da autora ganhadora do Emmy Glória Perez, foi morta em dezembro de 1992 por Guilherme de Pádua e sua esposa, Paula Thomaz, em um crime cruelmente premeditado.
Após três décadas do caso, Gloria Perez resolveu dar sua primeira grande entrevista sobre o caso. Ela traz relatos inéditos e revisita o caso com autoridades do processo, familiares e amigos mais próximos de Daniella.
Entre os entrevistados estão viúvo da atriz Raul Gazolla e outros atores brasileiros, como Claudia Raia, Fábio Assumpção, Maurício Mattar, Cristiana Oliveira e Eri Johnson.
"O que me fez considerar que era o projeto certo foi que a proposta era fugir do sensacionalismo para retratar a verdade dos autos. Era o que eu queria: que as pessoas entendessem por que as muitas versões fantasiosas apresentadas pelos assassinos não se sustentaram diante do júri, e porque os dois foram condenados por homicídio duplamente qualificado", disse Gloria, ao jornal "O Globo".
"Mostrar a verdade do processo é resgatar a Dany. Isso eu devo a ela como mãe. Foi duro demais reviver passo a passo aquele dia, aqueles anos. Não que eles estivessem longe. Essas vivências são tatuagens na sua memória e no seu sentimento. Estão sempre latejando. O tempo não cura nem ameniza nada", disse Glória.