COPA DO MUNDO: entenda a polêmica da ONE LOVE BRAÇADEIRA no Catar
'One Love' é um movimento que apoia a causa LGBTQIA+
No jogo entre a Inglaterra e Irã na Copa do Mundo, o capitão inglês, Harry Kane, apareceu com a faixa 'No Discrimination' (Sem Discriminação, em português) no braço. A frase faz parte de movimento apoiado pela Fifa.
Nos últimos dias, as seleções entraram em confronto com a entidade pois os jogadores líderes pretendiam entrar em campo com braçadeira colorida do 'OneLove' (Um Amor, em português), movimento que apoia a causa LGBTQIA+.
No Catar, homossexualidade é proibida e a Fifa não permite que as seleções utilizem slogans com declarações sociopolíticas nos jogos. Aqueles que forem contra a regra, serão punidos.
Código anti-LGBTQIA+ no Catar
De acordo com o Código Penal de 2004 do Catar, é proibida a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo.
Quem for contra a lei, pode pegar uma pena máxima de sete anos de prisão. Tanto homens quanto mulheres são criminalizados.
A Human Rights Watch comunicou seis casos de espancamento grave e repetido e cinco casos de assédio sexual sob custódia policial entre 2019 e 2022 no país.
Uma mulher trans disse à HRW que apanhou até perder a consciência. Outra, que foi mantida em uma solitária por dois meses.
CATAR proíbe venda de CERVEJA nos arredores dos estádios
Punição da Fifa
A Fifa informou que qualquer capitão de seleção da Copa que entrasse com faixa arco-íris do 'OneLove' no braço, seria advertido com um cartão amarelo antes mesmo da partida começar, e uma multa financeira.
Por isso, a Fifa adiantou a campanha "No Discrimination", que só começaria a partir das quartas de final.
Com a punição, a Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca decidiram não seguir com o 'One Love'.
“Estávamos preparados para pagar multas que normalmente se aplicariam a violações dos regulamentos do kit e tínhamos um forte compromisso de usar a braçadeira [...]. No entanto, não podemos colocar nossos jogadores na situação em que possam receber um cartão amarelo ou até mesmo serem forçados a deixar o campo de jogo.", afirmaram os países em comunicado conjunto.