PROTESTO DO BRASIL NA COPA? Saiba se a seleção brasileira vai aderir às manifestações no Catar
Seleções como Alemanha e Bélgica fizeram protestos após terem sido impedidas e usar a braceleira 'One Love', movimento que apoia a causa LGBTQIA
A política do Catar contra pessoas LGBTQIA+ tem sido um dos temas mais controversos da Copa do Mundo 2022. Seleções como Alemanha e Bélgica fizeram protestos após terem sido impedidas e usar a braceleira 'OneLove' (Um Amor, em português), movimento que apoia a causa LGBTQIA+.
Na quarta-feira (23), a seleção alemã fez um protesto em jogo, quando os jogadores colocaram as mãos na boca em repúdio á censura da FIFA.
Já a seleção da Bélgica foi proibida pela Fifa de usar sua segunda camisa devido a um detalhe que aparece na parte de dentro do uniforme. De cor branca, com partes coloridas nas costuras, a camisa tem "Love", palavra em inglês que significa amor, na parte de dentro da gola.
PROTESTO DO BRASIL NA COPA? Saiba se a seleção brasileira vai aderir às manifestações no Catar
Com isso, muita gente tem se perguntado se a seleção brasileira faria algo semelhante. Ainda não se sabe ao certo, mas tudo indica que não, visto que as seleções dos protestos são as que foram impedidas de usar a braceleira pela FIFA - todas elas europeias: Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca.
Homossexualidade é considerada crime no Catar, podendo aquele que se relacionar com pessoa do mesmo sexo, pagar pena na prisão.
Em defesa às regras do país, a Fifa decidiu punir as seleções que usarem a braçadeira colorida com um cartão amarelo logo antes do jogo começar e uma multa financeira.
Punição da Fifa para apoio aos LGBTQIA+
A Fifa informou que qualquer capitão de seleção da Copa que entrasse com faixa arco-íris do 'OneLove' no braço, seria advertido com um cartão amarelo antes mesmo da partida começar, e uma multa financeira.
Isso seria pela Fifa não permitir que as seleções utilizem slogans com declarações sociopolíticas nos jogos Para amenizar a situação, a entidade adiantou a campanha "No Discrimination", que só começaria a partir das quartas de final.
Com a punição, a Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca decidiram não seguir com o 'One Love'.
"Estávamos preparados para pagar multas que normalmente se aplicariam a violações dos regulamentos do kit e tínhamos um forte compromisso de usar a braçadeira [...]. No entanto, não podemos colocar nossos jogadores na situação em que possam receber um cartão amarelo ou até mesmo serem forçados a deixar o campo de jogo", afirmaram os países em comunicado conjunto.
Código para LGBTQIA+ no Catar
De acordo com o Código Penal de 2004 do Catar, é proibida a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo. Quem for contra a lei, pode pegar uma pena máxima de sete anos de prisão. Tanto homens quanto mulheres são criminalizados.
A Human Rights Watch comunicou seis casos de espancamento grave e repetido e cinco casos de assédio sexual sob custódia policial entre 2019 e 2022 no país.
Uma mulher trans disse à HRW que apanhou até perder a consciência. Outra, que foi mantida em uma solitária por dois meses.
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