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TITÃS NO RECIFE: recorde de público e muito rock and roll na veia

Grupo está em turnê com 21 shows pelo País com a formação original da banda

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 03/06/2023 às 12:35 | Atualizado em 13/06/2023 às 16:33
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Show dos Titãs com a formação original tem recorde de público no Recife - FOTO: DIVULGAÇÃO

Eles não são mais jovens e todo mundo sabe disso. Mas, no reencontro dos Titãs em sua formação original, no Recife, nesta sexta-feira (2/6), a entrega dos sete senhores-símbolo do rock nacional foi de um grupo jovem. Muito instigado, disposto e jovem. A apresentação da turnê ‘Titãs Encontro’, que envolve 21 shows pelo País, foi um sucesso de público e de qualidade da apresentação.

Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto fizeram por merecer um Classic Hall mais do que lotado - em alguns momentos até sufocante, o que gerou reclamações de um público, em média, acima dos 40 anos e, por isso, mais exigente, deixando claro que, ao menos na capital pernambucana, uma segunda noite de apresentação seria muito bem vinda.

A lotação se refletiu em números - a maior bilheteria da história do Classic Hall, com 13.500 ingressos vendidos e, como informou a própria assessoria da casa, no padrão dos shows dos irmãos Sandy e Júnior.

ROCK AND ROLL NA VEIA

Mas, depois que alguns ajustes foram feitos para liberar mais espaço para o grande público que estava na chamada Pista Flores - as divisões e subdivisões que agora têm sido comuns em todos os shows no Brasil -, o que rolou mesmo foi muito rock 'n' roll e uma apresentação para ficar na história.

Só o fato de ver, no mesmo palco, juntos mais uma vez, os sete senhores que em 1982 eram jovens rapazes fazendo o Brasil cantar com ‘Sonífera Ilha’, já valeu a noite para quem acompanha os Titãs e sofreu com a quase dissolução da banda. Mas eles foram além e entregaram muito. Muito mesmo.

Roberta Soares/JC

Show dos Titãs com a formação original tem recorde de público no Recife - Roberta Soares/JC

Tocaram todos os principais sucessos, como ‘Bichos Escrotos’, ‘Polícia’, ‘Família’, ‘Cegos do Castelo’ e ‘Marvin’, que fechou a noite após duas horas de apresentação, ao lado de ‘Sonífera Ilha’. Paulo Miklos foi o que, como sempre, mais se comunicou com o público, funcionando como uma espécie de mestre de cerimônia.

Ver Arnaldo Antunes e Nando Reis - os dois primeiros Titãs que deixaram a banda para seguir carreiras solo e hoje são referência no País - de volta, ao lado dos amigos, também foi emocionante. Assim como assistir Charles Gavin arrasar na bateria, ao mesmo tempo em que demonstrava carinho ao povo pernambucano vestindo camisas do Náutico, do Sport (a maior parte do show) e do Santa Cruz. A bandeira de Pernambuco, aliás, fez parte da decoração do palco durante boa parte do show.

HOMENAGENS E REVERÊNCIAS NO PALCO

Um dos momentos emocionantes do show, que tem se repetido nas apresentações da turnê, foi a participação de Alice Fromer, filha do guitarrista Marcelo Fromer, atropelado e morto em 2001. A jovem está viajando com o grupo pelo País.

E, ainda, a reverência dos Titãs ao casal pernambucano de músicos repentistas, Mauro e Quitéria, que gravou com a banda a introdução e o fechamento do disco "Õ Blésq Blom" (nome que significaria "Os Primeiros Habitantes da Terra").

Uma noite, de fato, para ficar na história e com gostinho de que, se os sete senhores roqueiros resolverem voltar para mais uma turnê, terão recorde de público novamente na capital pernambucana.

 

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