Marina Abramovic vai preparar obra para a Usina de Arte, em Pernambuco
Responsáveis pelo parque artístico e botânico na Mata Sul tiveram reunião com a sérvia para afinar o desenvolvimento de um projeto
A Usina de Arte, parque artístico e botânico localizado no distrito da Usina Santa Terezinha, no município de Água Preta, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, vem ampliando o acervo de obras de grandes artistas internacionais.
Após a inauguração da obra "Claro-Escuro", do artista chileno Alfredo Jaar, o espaço segue fortalecendo os diálogos com atores do exterior.
Em Londres para uma agenda artística de trabalho em visitas e reuniões com museus e galerias, os colecionadores Ricardo e Bruna Pessoa de Queiroz se reuniram com a artista Marina Abramovic para afinarem o desenvolvimento de um projeto para o equipamento cultural.
Marina Abramovic é uma das principais artistas performáticas da atualidade. Conhecida por testar a resistência do corpo e da mente, ela impacta público e crítica com suas apresentações há quase 50 anos.
Em março, o diretor artístico da sérvia, Hugo Huerta, também visitou o espaço em processo pesquisa e residência artística.
Atualmente, uma exposição de Abramovic vem lotando o Royal Academy, em Londres, desde a abertura. Com isso, ela se tornou a primeira artista mulher em 200 anos da história da instituição a ter uma exposição solo ocupando todos os espaços do museu.
Sobre a Usina
Com mais de 40 obras espalhadas pelos 33 hectares, onde estão cultivadas cerca de 10 mil plantas de mais de 600 espécies, o parque está aberto à visitação gratuita, diariamente.
Entre os que têm trabalhos no acervo estão egina Silveira, Alfredo Jaar, Geórgia Kyriakakis, Saint Clair Cemin, José Spaniol, Claudia Jaguaribe, Matheus Rocha Pitta, Juliana Notari, José Rufino, Flávio Cerqueira, Bené Fonteles, Hugo França, Paulo Bruscky, Denise Milan, Marcelo Silveira, Liliane Dardot, Marcio Almeida, Frida Baranek, Artur Lescher, Carlos Vergara, Júlio Villani, Iole de Freitas e Vanderley Lopes.
Em 2021, o Parque Artístico Botânico ganhou projeção nacional e também no exterior com o impacto da obra Diva, de Juliana Notari, com toda a repercussão que pode arrastar uma representação de uma vulva, entre outras questões ligadas à execução da obra, como a ausência de mulheres.