Morreu na manhã desse domingo (12) o cantor sertanejo Leandro Antônio Breda, da dupla Andres e Leandro, em Rio Claro, no interior de São Paulo. O artista tinha 27 anos. O atestado de óbito do cantor indica que a causa da morte foi dengue hemorrágica e choque hipovolêmico, que é quando o coração deixa de bombear sangue para todo o corpo.
No perfil da dupla no Instagram Andres informou que o parceiro começou a apresentar os primeiros sintomas da doença, febre e dor no corpo, no dia 5 de abril.
"Na segunda-feira da semana passada ele começou a ter os sintomas de dengue normais, com algumas variações durante a semana. Tiveram dias que ele estava melhor e outros nem tanto, mas na noite de sábado ele passou mal, foi para o hospital e já precisou ir para a UTI. Logo em seguida ele faleceu, foi tudo mundo rápido", disse.
Andres também utilizou a rede social para deixar uma mensagem de despedida para Leandro. "Dia mais que triste. Que esteja sempre em nossos pensamentos, por muito mais tempo que ficou entre nós. Estamos juntos, meu parceiro, você daí e eu de cá. Um dia cantaremos juntos novamente", escreveu.
Arboviroses
De acordo com o Ministério da Saúde, sete estados brasileiros apresentam quantidade de dengue em patamar de epidemia, com mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes, como por exemplo São Paulo, Distrito Federal e Paraná. Esse último concentra 158 mil dos 484 casos de dengue registrados no País.
Já no Recife, até o fim de março, houve redução de 42,7% dos casos de arboviroses (dengue, chinkungunya e zika) notificados e 58% dos casos confirmados, na comparação ao mesmo período de 2019, mas ainda assim é importante não se descuidar, de acordo com a prefeitura.
Somente este ano, já foram notificados 508 casos de arboviroses na capital pernambucana, sendo 419 casos de dengue, 82 de chikungunya e sete de zika. Dessas notificações, foram confirmados 138 casos de dengue e 17 de chikungunya. Os bairros do Recife onde mais se registraram casos de arboviroses forram Ibura, Imbiribeira, Torrões, Areias e Ilha Joana Bezerra.
Relembre a morte de outros cantores sertanejos
Cantor Gabriel Diniz morreu em acidente de avião
José Gabriel de Souza Diniz, o Gabriel Diniz, ou simplesmente GD como os fãs o chamavam, morreu precocemente, aos 28 anos, em um acidente com um pequeno avião no litoral sul de Sergipe ocorrido no 27 de maio de 2019.
''Era o dia'', diz pai de Gabriel Diniz sobre morte do cantor
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Gabriel estourou nacionalmente com o hit Jenifer, mas o público nordestino já o conhecia há anos, em bandas como Cavaleiros do Forró e Forró na Farra, ou em duetos com Wesley Safadão e Cristiano Araújo, outro artista que morreu no auge da fama. Natural do Mato Grosso do Sul, GD foi criado na Paraíba e talvez pela mistura dos dois lugares, transitava bem do forró ao sertanejo.
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De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião monomotor, de matrícula PT-KLO, da fabricante Piper Aircraft, era de propriedade do Aeroclube de Alagoas e tinha capacidade máxima de três passageiros mais a tripulação, totalizando quatro assentos. A aeronave estava em situação regular, com o Certificado de Aeronavegabilidade válido até fevereiro de 2023 e a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia até março de 2020, mas só poderia ser utilizado para fazer voos de instrução. Na queda da aeronave, além do cantor, os dois pilotos morreram no acidente.
Fãs, admiradores, amigos e parentes foram até o Ginásio Poliesportivo Ronaldo Cunha Lima, o Ronaldão, em João Pessoa, na Paraíba, para dar o último adeus a GD. O corpo do cantor foi enterrado no dia 28 de maio de 2019, no cemitério Parque das Acácias, também na capital paraibana, em cerimônia reservada para a família. Antes do enterro, houve uma missa de corpo presente, no local do velório.
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“Era o dia”. Foi assim que Sicinato Francisco Diniz, pai do cantor Gabriel Diniz, se referiu à morte do filho, em entrevista durante velório do cantor.
“No dia que ele fechou o voo, eu pensei que ia acontecer. Não tive coragem de falar para ele, mas eu senti que poderia dar errado, não senti firmeza, não senti alegria e realmente aconteceu. Se não fosse o avião, seria a balsa, o ônibus, alguma coisa. Era o dia. Vai ser o meu dia, o seu. Fale para as pessoas que você ama enquanto elas estão vivas e eu disse para ele várias vezes”, completou emocionado.
Cristiano Araújo morreu em grave acidente de carro
Cristiano Araújo morreu em um acidente de carro no dia 24 de junho de 2015. Ele tinha 29 anos e voltava de um show em Itumbiara (GO), quando o veículo em que ele estava saiu da pista e capotou. A batida ocorreu por volta das 3h30, entre as cidades de Goiatuba e Morrinhos, em Goiás.
>> Carro de Cristiano Araújo estava a 179 km/h no momento do acidente
>> Vídeo: filho de Cristiano Araújo tenta fazer carinho no pai pela TV
A namorada de Cristiano, Allana Coelho Pinto de Moraes, de 19 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. O cantor foi levado para o Hospital Municipal de Morrinhos, onde recebeu os primeiros atendimentos e logo em seguida foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos. Mais duas pessoas estavam no carro: o segurança, que dirigia o veículo, e o empresário Victor Leonardo. Eles sofreram ferimentos leves.
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Em julho de 2015, foi concluído o inquérito que investigou a divulgação de um vídeo da preparação do corpo para o funeral. Três pessoas foram indiciadas.
No dia 18 de janeiro de 2018, o motorista Ronaldo Miranda foi condenado pela morte do cantor e da namorada. Ronaldo dirigia o carro do cantor no momento do acidente. Foi determinado que ele cumpriria 2 anos, 7 meses e 15 dias de prisão, em regime aberto.
Para a juíza Patrícia Machado Carrijo, da 2ª Vara Cível de Goiás, ficou comprovado a autoria do crime, uma vez que "Ronaldo Miranda tinha plena ciência sobre as condições precárias das rodas instaladas no veículo e do risco inerente da sua utilização no momento de sua condução".
Nascido em uma família de músicos, Cristiano Araújo começou a compor aos 10 anos, e gravou o primeiro CD três anos mais tarde. Em 2011, lançou CD e DVD que o alçouao sucesso com a música "Efeitos", uma parceria feita com o cantor Jorge, da dupla Jorge e Matheus.
Cantor Juliano Cézar morreu durante show
Juliano Cezar, conhecido no mundo sertanejo como Cowboy Vagabundo, morreu no dia 30 de dezembro de 2019, durante show em Uniflor, no interior do Paraná. Juliano tinha 59 anos, era casado, sem filhos. Nas redes sociais, imagens mostram o momento em que ele sente uma dor e cai no chão. Membros da equipe técnica correm para prestar socorro. A assessoria informou que o sertanejo sofreu uma parada cardiorrespiratória. Juliano chegou a gravar 12 álbuns e três DVDs, é o autor da canção Rumo a Goiânia.
>> 'Cowboy Vagabundo'. Quem é Juliano Cezar, sertanejo que morreu no palco no Paraná
No site oficial do cantor consta uma biografia dele. Leia a íntegra:
São 30 anos de estrada, 10 CDs e 3 DVDs lançados, Juliano Cezar é um nome frequente na playlist dos amantes do country brasileiro. Ele preserva a cultura e o estilo inconfundíveis que o deixaram conhecido nos quatro cantos do país e há 30 anos, despontou no cenário musical com a canção ‘Não Aprendi Dizer Adeus’, que lhe rendeu o Prêmio Sharp como ‘cantor revelação’. Pouco tempo depois, a indicação ao Grammy Latino com ‘Melhor Álbum Romântico’.
O jeito simples de ser, o amor pelo campo, pelos rodeios e a voz inconfundível o transformaram no mais importante expoente do gênero, proporcionando encontros históricos, como em 2015 com Garth Brooks, em Barretos. Com uma carreira gloriosa, sucessos como ‘Rumo à Goiânia’, ‘Faz Ela Feliz’, ‘Bem Aos Olhos da Lua’ e ‘Cowboy Vagabundo’ são lembradas até hoje pelo público sertanejo.
Henrique, da dupla com Netto, morreu após acidente de carro
O cantor Henrique Silva, da dupla sertaneja Netto e Henrique, morreu na madrugada desta segunda-feira (2), segundo informações do Hospital de Base de São José do Rio Preto, em São Paulo, onde ele estava internado há 22 dias.
Ele sofreu um traumatismo craniano após se envolver em um grave acidente de trânsito no dia 8 de fevereiro na cidade de Santa Fé do Sul, em São Paulo.
A assessoria de imprensa da dupla emitiu uma nota dizendo que Henrique “lutou bravamente por sua vida, mas teve complicações decorrentes de seu estado de saúde e não resistiu. Henrique, e seu companheiro Netto, estavam vendo o sonho de viver da música bem pertinho. E assim como a música nos ensina sobre a vida, às vezes a saudade vem. Agradecemos a todos que enviaram as melhores energias, suas orações não foram em vão. Desejamos força à família, aos amigos, ao companheiro Netto e a todos nós que tivemos a oportunidade de dividir momentos com ele.”
Dias após o acidente, o comunicado oficial dizia que, apesar da gravidade do acidente, Henrique passava bem e continuava em observação. "Tranquilizamos, portanto, parentes, amigos, fãs, colegas profissionais e todos aqueles que enviaram mensagens em busca de esclarecimentos", dizia a nota.
"Tem se mantido estável após cirurgia. Sangramento e pressão intracraniana estão absolutamente controladas", prosseguia. A sedação, segundo eles, tinha sido retirada gradativamente, com Henrique ainda respirando por aparelhos.
"O parceiro de dupla, Netto, familiares e amigos estão confiantes na recuperação de Henrique", concluiu a nota anterior. Nas redes sociais da dupla uma publicação agradecia o apoio recebido e desejava uma rápida recuperação para o cantor.
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O cantor Netto lamentou a morte do parceiro com uma publicação em uma rede social. “Vai com Deus irmão, obrigado por ter compartilhado tantos momentos do meu lado, o que resta agora é saudade! Vou te amar para todo sempre, meu eterno parceiro #lutohenrique”, escreveu.
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Reveja casos antigos
Além dos casos recentes, num passado não tão distante, outras personalidades do mundo sertanejo tiveram um fim trágico e deixaram o Brasil em profunda tristeza.
Emival, da dupla com Zezé
Emival, que cantava com o sertanejo Zezé, formava a dupla Camargo e Camarguinho. Ele morreu aos 11 anos, em 1975, em um acidente de carro. Zezé, incentivado pelo pai, continuou a sua carreira, até começar a cantar com o seu outro irmão, Luciano, e alcançar o reconhecimento que tem hoje em dia.
João Paulo, da dupla com Daniel
O mês era setembro de 1997 quando o cantor João Paulo, de 37 anos, que fazia dupla com Daniel, sofreu um acidente de carro no interior de São Paulo. O carro que o cantor estava capotou várias vezes na estrada. O cantor não conseguiu sair do veículo, porque ficou preso às ferragens. O carro acabou explodindo. Daniel só começou sua carreira solo um ano depois da tragédia.
Leandro, da dupla com Leonardo
Em junho de 1998, uma tragédia comoveu o Brasil. Leandro, que fazia dupla com o cantor Leonardo, morreu, aos 26 anos, depois de lutar contra um câncer raro no pulmão que ele tinha descoberto há dois meses. A doença acarretou na falência múltipla dos órgãos. Depois do fato, Leonardo anunciou uma pausa na sua carreira, voltando no ano seguinte, lançando o primeiro álbum em carreira solo, o "Tempo".
João Mineiro, da dupla com Marciano
O cantor João Mineiro morreu, aos 76 anos, em um hospital de Jundiaí, em São Paulo. Ele tinha passado mal em casa, no ano de 2012. Quando ele morreu, a dupla com Marciano já tinha sido desfeita e ele estava cantando com o sertanejo Mariano há 20 anos, mas o seu nome sempre era associado ao cantor Marciano, com quem gravou o sucesso como "Ainda ontem chorei de saudade".
José Rico, da dupla com Milionário
Em março de 2015, o cantor José Rico morreu, aos 68 anos, em um hospital de Americana, que fica em São Paulo. A dupla iniciou sua carreira na década de 1970 e era considerada uma das mais importantes do mundo sertanejo. Milionário e José Rico eram conhecidos como as "gargantas de ouro". Juntos, eles compuseram a canção "Estrada da Vida". José Rico faleceu depois de uma insuficiência do miocárdio, seguida de uma parada cardíaca, de acordo com o boletim médico. Milionário anunciou, em abril de 2016, a sua nova dupla com o cantor Marciano, que perdeu o parceiro em 2012.
Chico Rey, da dupla com Paraná
O cantor Chico Rey morreu, aos 63 anos, em fevereiro de 2016, após o sangramento em um canal criado para fazer hemodiálise. O artista era paciente renal crônico há sete anos e fazia o procedimento alguns dias antes. Quando foi levado ao hospital, Chico teve paradas cardiorrespiratórias consecutivas e morreu. Na época, a dupla tinha um CD já gravado e pronto para ser comercializado e, para honrar os contratos que já tinham sido fechados, Paraná resolveu prosseguir com os shows, remarcando-os para o mês seguintes. Segundo o cantor, a atitude foi em homenagem a Chico Rey.
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