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Edgard Moraes é tema de documentário lançado pela Fundaj; saiba como e onde assistir

Filme é como uma continuidade à homenagem iniciada em 2004, pela ocasião do centenário de nascimento do artista

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Cadastrado por

Nathália Pereira

Publicado em 11/11/2021 às 17:30 | Atualizado em 11/11/2021 às 18:25
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Difícil encontrar no Recife folião que não saiba entoar pelo menos uma das muitas canções assinadas por Edgard Moraes. O compositor, arranjador e violonista ganhou não à toa a alcunha de eterno folião, sendo relembrado e celebrado ainda mais durante os festejos carnavalescos da capital pernambucana. Edgard Moraes morreu aos 70 anos, em março de 1974, mas poderá ser conhecido ainda mais de perto através do documentário que a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) lança nesta sexta-feira (12).

O filme é como uma espécie de continuidade à homenagem iniciada em 2004, pela ocasião do centenário de nascimento do artista pernambucano, com a instituição do Dia do Frevo de Bloco. Este ano, o aniversário de Edgard Moraes, nascido em novembro de 1904, ganha A Poesia de Edgard Moraes, uma produção da Massangana Audiovisual. O trabalho narra sua trajetória até os dias atuais, com a permanência do coral criado em 1987, por suas filhas e netas, e batizado com o seu nome.

COMO ASSISTIR?

O lançamento acontece amanhã (12/11), às 16h, no canal da Fundaj no YouTube, com acesso gratuito. O filme continuará disponível para visualização no mesmo endereço após a estreia.

“Em 2021, rendemos várias homenagens ao Frevo em suas diversas expressões. Não por acaso, o ritmo e manifestação cultural foi revalidado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, como Patrimônio Imaterial do Brasil. Às vésperas do desfecho do ano, não poderíamos deixar de celebrar também este homem, que de tão imenso, segue vivo nas tantas vozes do coral que leva seu nome, composto por suas filhas, netas e sobrinhas”, diz Antônio Campos, presidente da Fundaj.

O LEGADO

Edgard Moraes compôs cerca de 300 canções, a maioria marchas e frevos que embalaram o desfile de dezenas de blocos carnavalescos. Valores do Passado, de 1962, é considerada sua obra prima. Foi fundador de pelo menos quatro do blocos líricos dos quais participou, Pirilampos, Turunas de São José, Jacarandá e Corações Futuristas. Também formou uma banda de pau e corda, em que violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, tarol, surdo e reco-reco davam o tom.

“Ele era autodidata. Foi uma pessoa muito bem relacionada entre grandes compositores, como o Maestro Nelson Ferreira, como Capiba e outros tantos de sua época”, detalha Inajá Moraes, filha de Edgard. Ela participou da gravação da maioria das músicas do pai, na Fábrica de Disco Mucambo, sob a regência de Nelson Ferreira.

“Ele sempre tinha uma música para gravar e tocar no Carnaval”, destaca a herdeira, ao recordar o desejo de Edgard de criar um coral. Daí surgiu a ideia que deu origem ao Coral Edgard Moraes, que hoje inclui, além das netas, sobrinhas e bisnetas do compositor.

ACERVOS

No acervo do Centro de Documentação e Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundação Joaquim Nabuco, Edgard Moraes marca presença em LPs, discos e partituras, como o Glórias do Carnaval de Pernambuco (Rozenblit, 1974), álbum em que aparece ao lado do irmão e músico Raul Moraes (1891-1937). O documentário A Poesia de Edgard Moraes integrará o acervo do Cehibra.

SERVIÇO:

Lançamento do documentário A Poesia de Edgard Moraes
Data: 12 de novembro de 2021
Horário: 16h
No canal da Fundaj, no YouTube

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