EXÉRCITO admite que não quis retirar MANIFESTANTES dos acampamentos; confira a nota
Em nota, o Exército informou que a decisão foi para "manter a ordem".

Nesta quinta-feira (29), uma operação montada pelo Exército com a Polícia Militar do DF foi feita para tentar retirar os manifestantes que estão acampados na frente do Comando do Exército.
Esses acampamentos estão ocorrendo em vários estados desde o fim das eleições, em outubro. Os manifestantes bolsonaristas pedem um golpe militar e não aceitam o resultado do pleito eleitoral, que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao chegar no local, os agentes do DF Legal foram cercados e precisaram da ajuda do Exército para conseguir sair. Para a operação, iriam ser utilizados carros, caminhões, caçambas e ônibus.
O Exército, ao ver a situação, decidiu abortar a operação, mantendo os manifestantes no local.
“A atividade foi conduzida em coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi suspensa no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos”, disse o Exército por meio de nota
A presença dos manifestantes nos quartéis é uma preocupação do governo Lula por conta da cerimônia da posse, que será no dia 1º de janeiro de 2023.
Segundo Julio Danilo, secretário de Segurança do Distrito Federal, "a coordenação desta operação estava com o Exército, e por decisão do Exército suspendeu-se uma ação mais incisiva".
O comandante da Polícia Militar, coronel Fábio Augusto, lamentou a falha na operação:
“A coordenação da operação é do Exército. Tínhamos 500 policiais militares em condições, e o Exército desistiu da operação. Optou por eles mesmos fazerem a retirada do local. Não houve falta de segurança de nenhum servidor. Eles tentaram [uma ação] com o DF Legal e, quando viram que os manifestantes seriam hostis, desistiram da operação por entender que o Exército conseguiria fazer a operação sozinho”
"a retirada será compulsória"
Flávio Dino, futuro ministro da Justiça, afirmou nesta terça-feira (27) que caso os manifestantes que estão acampados em frente à quartéis do Exército não saiam de forma pacífica, a "retirada será compulsória".
"Nós temos uma segunda possibilidade, apenas esgotada a primeira, que é a do diálogo, haverá a segunda, que é uma desocupação compulsória. Todas as indicações vão no sentido de que haverá a desocupação voluntária nos próximos dias. Por isso, vamos esperar esse cenário se concretizar para, aí, decidir na quinta-feira o que faremos".
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