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Construção civil em Pernambuco quer retomar os trabalhos no início de maio

Sinduscon e Ademi trabalham com a data de 4 de maio para retorno das atividades nos canteiros de obras, mas tudo vai depender da liberação do governo do Estado

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 22/04/2020 às 19:17 | Atualizado em 22/04/2020 às 19:33
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Construção também foi autorizada a voltar - FOTO: Foto: Arquivo/Agência Brasil

As obras de construção civil em Pernambuco, que estão paralisadas desde o início da quarentena, em 22 de março por determinação do Governo de Pernambuco, devem voltar às atividades dentro de 12 dias. Assim esperam as entidades representativas do setor. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Pernambuco (Sinduscon-PE), Érico Furtado, diz que não cogita a possibilidade de um novo adiamento para reabertura dos canteiros de obras do Estado.

“O prazo limite do decreto estadual já foi prolongado para 30 de abril. Nós estamos contando com um retorno no dia 4 de maio. Se um houver uma ampliação desse prazo será um verdadeiro caos para o setor”, afirmou Érico Furtado. Cerca de 40 mil funcionários de empresas da construção civil estão sem trabalhar, segundo o Sinduscon-PE.

O Presidente da associação das empresas imobiliárias do Estado, (Ademi-PE), Gildo Vilaça, concorda com a retomada da construção civil já no início do próximo mês de maio. “Acho que foi um erro a paralisação total do setor como forma de prevenção ao contágio. A construção civil é um setor fechado, que não interage com o público, como o comércio, o que já reduz o risco de contágio”, diz Gildo Vilaça. Sobre a perspectiva da retomada das vendas de imóveis o presidente da Ademi é mais cauteloso. “Tudo vai depender do retorno das outras atividades. Não dá para fazer um prognóstico mas se as pessoas começarem a ver a vida voltando a uma normalidade possível, pode haver um retorno do desejo de compra”, espera Vilaça.

O governo do estado não determinou ainda uma data para o retorno das atividades dos segmentos econômicos atingidos pelo decreto estadual, mas pediu ao setor da construção civil na última terça-feira (21), um estudo que vai ajudar no embasamento técnico para a reabertura de canteiros de obras. O construtor terá que justificar em um documento o pedido para continuação ou execução de etapas específicas das obras. Será necessário que o construtor apresente premissas técnicas e garantias à saúde do trabalhador, além de informações como endereço das obras, números de trabalhadores e trajeto com origem e destino feito diariamente por esses profissionais. O estudo deverá ser entregue até a próxima sexta-feira (24).

NEGOCIAÇÃO

O presidente do Sinduscon-PE afirma que o documento está sendo elaborado e será entregue no prazo. E que também está disposto a negociar as condições deste retorno ao trabalho. “Quem pode determinar o impacto no isolamento social do retorno desses trabalhadores ao emprego é o governo. Nós acataremos. Eu gostaria que os canteiros voltassem com 100% dos funcionários e vamos oferecer todas as condições de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias para isso. Mas se o governo achar que só devem voltar 75% ou 50% do contingente, tudo pode ser conversado”, diz Érico Furtado.

 

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