Mesmo com a antecipação em duas horas da abertura da Caixa Econômica Federal a partir desta segunda-feira (4), e a decisão judicial para que o banco faça a organização das filas com o auxílio do Estado, várias pessoas seguiam aglomeradas e sem o distanciamento mínimo na manhã desta segunda, na agência que fica na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. Já na da Encruzilhada, também na Zona Norte, houve organização da fila com ajuda da Guarda Municipal e interdição parcial do trânsito. O horário de funcionamento agora é das 8h às 14h.
A reportagem também flagrou filas, desde a madrugada, na agência da Caixa da Avenida Agamenon Magalhães. Na agência da Caixa em Itamaracá, longas filas e aglomerações. Já em Igarassu, apesar de terem sido montadas tendas em frente ao banco, também havia muitas pessoas sem respeitar o distanciamento social. Na última sexta-feira (1º), o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) proferiu decisão liminar determinando que o Governo de Pernambuco desse apoio à Caixa Econômica Federal na organização das filas para pagamento do auxílio emergencial. Com isto, o governo prometeu disponibilizar as instalações do Centro de Convenções e de escolas próximas às agências da Caixa na Região Metropolitana do Recife (RMR), para serem usadas como centro de triagem e orientação sobre o auxílio.
Desde a semana passada, a reportagem do JC vem flagrando aglomerações e tumultos de pessoas em frente às agências do banco no Recife e em Olinda. A partir desta segunda-feira (4), a Caixa antecipou em duas horas a abertura de todas as agências do País. A mudança foi pensada para agilizar o atendimento e evitar grandes filas e aglomeração de pessoas aptas a receber o auxílio emergencial de R$ 600. Desde 22 de abril, 1.102 agências já vinham funcionando nesse horário.
No sábado (2), a Caixa Econômica de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, também registrou tumultos e aglomerações, mesmo após a decisão judicial. O banco também anunciou, a partir desta segunda-feira, um reforço no número de vigilantes nas agências. Serão mais 2.800 que vão se juntar aos 2 mil que já estavam atuando. Além deles, outras 389 recepcionistas vão reforçar orientação e atendimento ao público.
No próximo sábado (9), 1,4 mil agências vão abrir para realização do saque do auxílio emergencial, serão 498 a mais que nesse sábado (2), quando 902 atenderam a população. Para que se evite filas, o pagamento da segunda parcela do benefício, deste mês, será reformulado e divulgado após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro ainda essa semana. Antes disso uma proposta de datas será discutida com os ministros da Economia, Paulo Guedes e da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
Canais Digitais
A prioridade ainda é manter o atendimento digital, por meio do cadastramento por app, site e a movimentação do benefício pelo “Caixa Tem”. A Caixa ressalta a importância de que só devem ir pessoalmente às agências os usuários que precisam realizar serviços essenciais ou os beneficiários que receberam o auxílio na Poupança Social Digital e querem receber o benefício em dinheiro.
O banco orienta que aqueles que receberam o crédito por meio da “Poupança Digital Caixa” devem pagar boletos e contas de água, luz, telefone, entre outras, bem como fazer transferências para outros bancos por meio do aplicativo.
É importante esclarecer que os beneficiários do Auxílio Emergencial que receberam o crédito em poupança da CAIXA podem movimentar o valor digitalmente pelo Internet Banking ou mesmo utilizando o cartão de débito em suas compras. Os beneficiários do Bolsa Família aptos para o auxílio recebem o crédito no mesmo calendário e na mesma forma do benefício regular, por meio do cartão Bolsa Família nos canais de autoatendimento, lotéricas e correspondentes “Caixa Aqui”; ou por crédito na conta “Caixa Fácil”.
Para quem busca informações sobre o cadastro, os canais são o site auxilio.caixa.gov.br, o app Caixa | Auxílio Emergencial e a central telefônica exclusiva 111.
Histórico
Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento, 50 milhões de brasileiros já receberam o crédito do benefício, ou seja, um em cada três brasileiros adultos. Ao todo, mais de R$ 35 bilhões já foram creditados.
Segundo a Caixa, até 18h o último sábado (2), 50,2 milhões de cidadãos se cadastraram para solicitar o benefício. O site auxilio.caixa.gov.br superou a marca de 606 milhões de visitas e a central exclusiva 111 registra mais de 115 milhões de ligações. O aplicativo Auxílio Emergencial Caixa já registrou 74,3 milhões de downloads e o aplicativo Caixa Tem, para movimentação da poupança digital, ultrapassou 77 milhões de downloads.
Saque em espécie
O saque o auxílio emergencial teve início na segunda-feira (27). O saque pode ser feito em caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas e nos Caixa Aqui, a partir do mês de nascimento do beneficiário. Para ter acesso ao dinheiro em espécie, é preciso atualizar o app Caixa Tem, fazer o login e selecionar a opção "saque sem cartão" e informar o valor a ser retirado. Só assim o aplicativo vai gerar o código autorizador com validade de duas horas. Confira o calendário:
5 de maio – nascidos em novembro e dezembro
Quem pode receber o auxílio?
O governo estipulou regras para o recebimento da quantia. São elas:
- ser maior de 18 anos de idade;
- não ter emprego formal;
- não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
- renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
- não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
- exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
Aplicativo para solicitar R$ 600 está disponível
O Governo Federal e a Caixa disponibilizaram a página na internet e o aplicativo por meio do qual trabalhadores informais podem solicitar o coronavoucher, como ficou conhecido o auxílio emergencial de R$ 600, em virtude do novo coronavírus (covid-19).
O app deve ser usado pelos trabalhadores que forem MEIs, trabalhadores informais sem registro e contribuintes individuais do INSS. Aqueles que já recebem o Bolsa Família ou que estão inscritos no CadÚnico não precisam se inscrever pelo aplicativo ou site. O pagamento será feito automaticamente. Os trabalhadores que não tiverem acesso à internet poderão fazer o cadastro nas agências da Caixa ou nas casas lotéricas.
Baixe o aplicativo
Android: https://bit.ly/2x2r9Nw
Veja como se cadastrar no app
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Ao acessar, clique em "Realize sua solicitação";
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Confira na tela seguinte se possui os requisitos necessários;
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Se possuir, clique em "Declaro que li e tenho ciência que me enquadro em todas as condições acima" e em "Autorizo o acesso e uso dos meus dados para validar as informações acima";
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Na sequência, clique em "Tenho os requisitos, quero continuar" para prosseguir com o cadastro;
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Na próxima tela, informe seus dados completos e clique em "Não sou um robô" e em "Continuar";
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Na tela seguinte, informe a renda, o ramo de atividade, estado e cidade;
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Na próxima, preencha os dados das pessoas que moram com você;
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Depois você diz se quer receber em conta já existente ou criar uma poupança digital;
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Após informar a opção, você deve fornecer seu documento (RG ou CNH);
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Depois de fazer o cadastro, é possível acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou aplicativo.
Em caso de dúvidas, a Caixa disponibiliza a central telefônica 111. Não será possível se cadastrar no programa pelo telefone, somente tirar dúvidas.
Quanto é pago e por quanto tempo
Cada pessoa que tiver direito deve receber R$ 600 por mês, durante três meses. A lei prevê a possibilidade de o governo prorrogar o benefício enquanto durar o estado de calamidade pública por causa da covid-19. Cada família pode acumular, no máximo, dois benefícios, ou seja, R$ 1.200. A mulher que sustentar o lar sozinha terá direito a R$ 1.200.
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