QUEDA

Comércio mundial deve registrar tombo anual de 18,5% no segundo trimestre, diz OMC

OMC ressalta que as medidas anunciadas por diferentes autoridades para amortecer os efeitos econômicos da covid-19 têm surtido efeito e, por isso, é improvável que o comércio global atinja o cenário pessimista projetado em abril, de tombo de 32% em 2020

JC
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Publicado em 23/06/2020 às 10:58 | Atualizado em 23/06/2020 às 10:58
MARCELLO CASAL/AGÊNCIA BRASIL
A OMC entende que o segundo semestre já representa o "fundo do poço" para o comércio global, mas pondera que uma eventual segunda onda de infecções pelo novo coronavírus pode oferecer um cenário adverso e alterar as estimativas - FOTO: MARCELLO CASAL/AGÊNCIA BRASIL

O comércio mundial deve registrar um tombo de 18,5% no segundo trimestre deste ano, na comparação anual, apontam estimativas preliminares da Organização Mundial do Comércio (OMC), evidenciando o forte impacto da pandemia do novo coronavírus na economia do globo. No primeiro trimestre de 2020, o volume de trocas recuou a ritmo bem menos acentuado, de 3%, na mesma base comparativa.

Por outro lado, a OMC ressalta que as medidas anunciadas por diferentes autoridades para amortecer os efeitos econômicos da covid-19 têm surtido efeito e, por isso, é improvável que o comércio global atinja o cenário pessimista projetado em abril, de tombo de 32% em 2020. "Atualmente, o comércio só precisa crescer 2,5% por trimestre no restante do ano para atender à projeção otimista de abril, de contração de 13%", informa nota da organização multilateral.

A OMC entende que o segundo semestre já representa o "fundo do poço" para o comércio global, mas pondera que uma eventual segunda onda de infecções pelo novo coronavírus pode oferecer um cenário adverso e alterar as estimativas.

"A queda no comércio que estamos vendo agora é historicamente grande. Mas poderia ter sido muito pior", destaca o diretor-geral da entidade, Roberto Azevêdo. "As decisões políticas têm sido cruciais para amenizar o golpe contínuo na atividade e no comércio, e continuarão a desempenhar um papel importante na determinação do ritmo da recuperação econômica. Para que a produção e o comércio se recuperem fortemente em 2021, todas as políticas fiscais, monetárias e comerciais precisarão continuar seguindo na mesma direção", alerta o dirigente.

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