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Ministro da Economia diz que prorrogação do auxílio será última camada de proteção social

O auxílio emergencial foi criado originalmente para durar três meses (tendo como base os meses de abril, maio e junho). Depois, o governo prorrogou por duas parcelas

Da redação com agência Estado
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Publicado em 01/09/2020 às 15:47 | Atualizado em 01/09/2020 às 15:48
Alan Santos/PR
Pelos cálculos do governo, as novas regras para o setor podem destravar investimentos da ordem de R$ 43 bilhões. - FOTO: Alan Santos/PR
O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou nesta terça-feira (1º), que a extensão do auxílio emergencial por mais quatro meses - com o pagamento menor, de R$ 300 - deve custar ao governo cerca de R$ 90 bilhões adicionais dentro do chamado "Orçamento de Guerra" de enfrentamento à pandemia de covid-19. Guedes ainda disse que a prorrogação será a última camada de proteção social que o Governo vai lançar.
"Estamos fazendo uma tentativa de aterrissagem suave do auxílio emergencial. Serão mais quase R$ 90 bilhões dentro o orçamento de guerra, é bastante", afirmou Guedes, em audiência pública na comissão mista do Congresso Nacional que acompanha a execução das medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19. "Essas são as últimas camadas de proteção que estamos lançando"", completou.
Mais cedo, ao lado do presidente Jair Bolsonaro e líderes no Congresso, Guedes confirmou a nova prorrogação do auxílio emergencial, com o pagamento de mais quatro parcelas de R$ 300, metade do valor pago mensalmente desde o começo da pandemia. O auxílio é pago pelo governo a desempregados, informais e beneficiários de programas sociais.
O auxílio emergencial foi criado originalmente para durar três meses (tendo como base os meses de abril, maio e junho). Depois, o governo prorrogou por duas parcelas (julho e agosto) por meio de um decreto. O valor de R$ 600 foi mantido em todo esse período. Para mexer no valor, o governo vai editar uma Medida Provisória (MP), que tem vigência imediata.

Reforma administrativa

O ministro da Economia disse também que a reforma administrativa será enviada pelo governo na quinta-feira ao Congresso Nacional. "O presidente disparou hoje a reforma administrativa do governo, que será entregue na quinta-feira na Câmara dos Deputados. Quem dá o ritmo das reformas é a política, não a economia", completou.
Na audiência na comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as medidas relacionadas à pandemia do coronavírus, Guedes disse que o aumento nos juros futuros reflete o temor dos investidores de que o Brasil não volte ao caminho de ajuste fiscal. "Os juros futuros estão chegando a 9% porque estão achando que vamos nos perder no caminho. Houve um grande mal entendido a respeito do programa Pro-Brasil, acharam que furaria teto", completou.

Despesas excepcionais

O ministro ressaltou que é necessário manter as despesas excepcionais adotadas para fazer frente à pandemia neste ano. "Não pode virar despesa permanente. Não podemos ter aumento de salário do funcionalismo no ano que vem", completou.
Guedes disse ainda que haverá muitos recursos sendo liberados até o fim do ano, com a liberação de verbas do auxílio emergencial, de programas de crédito e do saque do FGTS. "Temos uma enxurrada de dinheiro entrando até o fim do ano", completou.

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