Preços

Inflação avança 0,82% em outubro no Recife; no Brasil, índice ficou em 0,89%

A inflação em outubro no País foi puxada principalmente pela alta de preços de 1,93% dos alimentos e bebidas

Agência Brasil
Cadastrado por
Agência Brasil
Publicado em 06/11/2020 às 9:51 | Atualizado em 06/11/2020 às 10:17
FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
ALIMENTOS Carestia da carne vermelha deve permanecer até 2022, o que inibe consumo pelos brasileiros, que já atingem a pior marca dos últimos 25 anos em relação à demanda pelo produto. - FOTO: FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, teve taxa de 0,86% em outubro deste ano. A taxa é superior ao 0,64% em setembro deste ano e ao 0,10% de outubro do ano passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior taxa do IPCA para um mês de outubro desde 2002 (1,31%).

Com o resultado de outubro, o IPCA acumula taxas de inflação de 2,22% no ano e de 3,92% em 12 meses. No Recife, o índice ficou em 0,82% no mês passado contra 0,78% em setembro. No ano, a inflação na capital pernambucana está em 3,62%.

A inflação em outubro no País foi puxada principalmente pela alta de preços de 1,93% dos alimentos e bebidas. Os alimentos para consumo no domicílio foram os principais responsáveis por esse resultado, ao subirem 2,57%. Entre os produtos com inflação destacam-se o arroz (13,36%), a batata-inglesa (17,01%), o óleo de soja (17,44%) e o tomate (18,69%).

Apesar disso, a inflação dos alimentos em outubro foi menos intensa do que a registrada em setembro (2,28%).

Os transportes também tiveram impacto relevante na inflação de outubro, com uma alta de preços de 1,19%. As passagens aéreas, por exemplo, subiram 39,83% e foi o item individual com maior impacto no IPCA de outubro. Os preços das passagens foram coletados em agosto para quem ia viajar em outubro.

“A alta nas passagens aéreas parece estar relacionada à demanda, já que com a flexibilização do distanciamento social, algumas pessoas voltaram a utilizar o serviço, o que impacta a política de preços das companhias aéreas”, disse o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.

Também foram observadas altas nos itens gasolina (0,85%) e seguro voluntário de veículo (2,21%).

Outros grupos de despesas com altas importantes foram artigos de residência (1,53%) e vestuário (1,11%). Também foram observadas altas nas taxas de inflação nos grupos habitação (0,36%), saúde e cuidados pessoais (0,28%), despesas pessoais (0,19%) e comunicação (0,21%).

O único grupo de despesas com deflação (queda de preços) foi educação, que registrou uma taxa de -0,04% em outubro.

Comentários

Últimas notícias