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Recife tem novembro com segunda menor inflação entre capitais pesquisadas, diz IBGE

O maior resultado ficou com a cidade de Goiânia (1,41%). Já o menor índice foi registrado em Brasília (0,35%), sendo seguido por Recife que teve uma alta de 0,36%

JC
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Publicado em 08/12/2020 às 19:13 | Atualizado em 08/12/2020 às 19:20
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O grupo alimentação e bebidas foi o que mais puxou a inflação do IPCA para cima. As carnes e óleo de soja estão entre os vilões - FOTO: Foto: Pixabay

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foi de 0,89%, sendo 0,03 pontos percentuais acima da taxa de outubro (0,86%). Essa é a maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA ficou em 1,01%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA alcançou 4,31%, acima da meta da inflação do governo para este ano que era de 4%. A pesquisa indica a inflação oficial do Brasil, pesquisando 15 capitais mais Brasília. O maior resultado ficou com a cidade de Goiânia (1,41%). Já o menor índice foi registrado em Brasília (0,35%), sendo seguido por Recife que teve uma alta de 0,36%.Na capital pernambucana, a inflação acumulada do ano ficou em 4,00% e a dos últimos 12 meses alcançou 5,00 %.

>> Prévia da inflação fica em 0,81%, diz o IBGE 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. O que mais puxou a inflação do País para cima foi o grupo alimentação e bebidas, que acelerou 2,54%, comparando novembro com outubro. As altas mais intensas foram registradas em alguns itens do subgrupo alimentos para consumo no domicílio, como carnes (6,54%) e batata-inglesa (29,65%), o tomate (18,45%), o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%).

E, nesse caso a alta dos alimentos ocorreram por vários motivos. Primeiro, a valorização do dólar fez alguns produtos como soja e carnes serem mais exportados e a alta chegou no mercado interno há alguns meses. No Sudeste, também ocorreu uma estiagem que impactou os preços de alguns alimentos por causa de um oferta menor. Ainda dentro desse grupo, foram registradas as altas da cerveja (1,33%), de refrigerante e água mineral (1,05%).

A segunda maior alta veio dos Transportes com 1,33%. Esse último grupo junto com os alimentos e bebidas representaram cerca de 89% do IPCA de novembro. Ainda de acordo com o IBGE, a maior contribuição desse grupo veio da gasolina (1,64%), cujos preços subiram pelo sexto mês consecutivo. Entre os combustíveis (2,44%), destaca-se ainda a alta de 9,23% do etanol. Também ocorreram variações positivas nos automóveis novos (1,05%) e usados (1,25%). Ainda nos transportes, ocorreu uma queda de 0,15% verificada nos ônibus urbano, que foi consequência da redução de 3,19% nas tarifas praticadas em Porto Alegre que entrou em vigor em 9 de novembro.

A alta de 0,86% em artigos de residência em novembro foi menor que a de outubro (1,53%). Isso ocorreu principalmente devido à desaceleração dos artigos de TV, som e informática com -1,02%. Já o grupo vestuário (0,07%) também desacelerou em novembro, influenciado principalmente pelas quedas nos preços das roupas masculinas (-0,33%) e dos calçados e acessórios (-0,19%). Também houve queda em Saúde e cuidados pessoais (-0,13%), principalmente por causa do recuo nos preços dos perfumes (-1,90%) e dos artigos de maquiagem (-7,44%).

O crescimento de 0,44% em habitação foi impactada pelo aluguel residencial (0,44%) e do gás de botijão que teve um acréscimo médio de 1,37%. Ainda nesse grupo, a energia elétrica registrou uma alta de 0,01%, com variações que foram desde a queda de 1,72% em Belém até a alta de 3,69% em Goiânia, onde houve reajuste de 2,57% nas tarifas, válido desde 22 de outubro. Também houve redução de 0,63% em Brasília  e reajuste em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,74%) e de São Paulo (-0,59%) com aumentos, respectivamente, de 6,58% e de 3,87%. Na capital paulista, houve redução na alíquota do PIS/Cofins em uma das concessionárias pesquisadas e foi por isso que o resultado desse item ficou negativo.

 

 

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