Economia

Pandemia faz impostômetro ter queda pela primeira vez desde 2005

Em 2020, o Poder Público receberá em impostos da população R$ 447,1 bilhões a menos do que foi arrecadado em 2019

Agência Brasil
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Publicado em 30/12/2020 às 21:59 | Atualizado em 30/12/2020 às 21:59
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Carga tributária brasileira é uma das mais elevadas do mundo e incide principalmente sobre consumo - FOTO: JORGE ARAUJO/DIVULGAÇÃO

O impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) -  que mede os tributos pagos pelos brasileiros para os governos federal, estadual e municipal - deverá atingir a marca de R$ 2,057 trilhões até as 23h59 do último dia do ano, 31 de dezembro. O resultado será 17,85% menor que valor que foi pago pelos contribuintes em 2019, a primeira queda registrada desde a criação da ferramenta, em 2005. 

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"A redução tem tudo a ver com a crise econômica causada pela covid-19, que impactou diretamente em todas as atividades de trabalho, com destaque maior para o setor terciário que, inclui o comércio e a prestação de serviços e corresponde a mais de 70% pelos empregos gerados no país", ressaltou a entidade em nota. 

Em 2020, o Poder Público receberá em impostos da população R$ 447,1 bilhões a menos do que foi arrecadado em 2019. Para 2021, no entanto, mesmo ainda durante a crise do coronavírus, a ACSP prevê que o país deverá capitalizar mais contribuições. 

"Além de as atividades não estarem mais tão restritivas em seu funcionamento quanto estavam no pico da pandemia, na metade deste ano, o poder público também se mexeu para arrecadar mais. É o caso do Governo do Estado de São Paulo que baixou o decreto 65.253/20. Com esta lei, mais de 300 produtos deverão ter sobretaxa de ICMS e, portanto, ajudar a engrossar a arrecadação estadual", destacou a entidade.

O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelos municípios, estados e pelo governo federal. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária. A ferramenta calcula os dados utilizados pela Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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