Pernambuco perdeu mais de 5 mil empregos formais em 2020; o 5° pior resultado do Brasil
Setores que mais perderam vagas de carteira assinada no ano marcado pela pandemia foram construção civil, serviços e agropecuária
Pernambuco perdeu 5.163 empregos com carteira assinada em 2020. O resultado anual foi divulgado pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (28), com dados do Novo Caged. Em um ano marcado pela pandemia da covid-19, o Brasil comemorou a criação de 142.690 vagas, embora o número seja o pior desde a recessão de 2015-2016. Pernambuco ficou entre os nove Estados do País que registraram mais desligamentos no ano passando, aparecendo em quinto lugar, atrás do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Bahia.
Antes mesmo da chegada do novo coronavírus, o Estado começou o ano com queda nos empregos formais, que se agravou nos primeiros meses da pandemia e voltou a crescer em julho. Foram cinco meses seguidos de aumento do saldo de vagas com carteira assinada até uma nova queda em dezembro (menos 2.711 vagas). Alguns meses de crescimento, como setembro e outubro, foram puxados pela safra 2020-2021 da cana-de-açúcar, que foi considerada boa pelo setor.
SETORES
Quase todos os setores da economia pernambucana registraram queda no saldo de empregos formais em 2020, com exceção da indústria, que mesmo assim teve um saldo simbólico de 360 vagas. A atividade que mais fechou postos foi a construção civil (-2.200), serviços (-1.820), agropecuária (-857) e comércio (- 646). O fechamento dos negócios durante os meses mais críticos da pandemia e a reabertura mais lenta explica o salto maior em alguns negócios, que exigiram distanciamento social mais rígido.
A perda de empregos com carteira assinada poderia ser ainda maior se não fossem os acordos de corte de salário e de jornada e as suspensões de contratos. Nesse quesito, Pernambuco aparece entre os Estados em que houve mais negociação entre empregadores e empregados. No acumulado de 2020 foram 808.323 acordos assinados.