Presidente da Caixa descarta possibilidade de privatização do banco
Nos últimos meses, bancários e sindicalistas levantaram o alerta para a intenção do governo federal em privatizar a Caixa Econômica Federal. Presidente do banco nega
Nos últimos meses, bancários e sindicalistas levantaram o alerta para a intenção do governo federal em privatizar a Caixa Econômica Federal. No entanto, na manhã desta sexta-feira (9), em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, o presidente do banco público, Pedro Guimarães, descartou a possibilidade, e afirmou que a empresa bate recordes de faturamento.
"Ninguém está nem pensando em falar de privatização da Caixa, essa notícia é falsa. Hoje, a Caixa tem recordes de resultado, nunca ganhou tanto dinheiro, e nunca reduziu tantos juros. Na Caixa, o juros era de 14% ao mês. Hoje, é de 1,8% ao mês. Para as santas casas, se sobrava quase 30% ao ano, agora, 6% ao ano, uma redução de 80%", afirmou.
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Nessa quinta-feira (8), o senador Cid Gomes (PDT) disse ter apresentado requerimento pedindo explicações sobre a criação do Banco Digital da Caixa Econômica ao ministro da Economia Paulo Guedes, apontando risco da privatização caso a medida fosse efetivada. "Eles querem usar o Banco Digital para entregar ao setor privado o filé da CEF, sem discussão, na surdina. O Senado tem obrigação de fiscalizar e impedir o desmonte da Caixa, um patrimônio dos brasileiros", declarou.
Em contrapartida à denúncia, Guimarães explicou que a Caixa nunca esteve tão bem. "Antes desse governo, a Caixa estava nas páginas policiais. Não tinha balanço auditado há 4 anos, não tinha mulher como vice-diretora, e nem pessoas com deficiência. Não tinha respeito como esse governo tem. Neste governo são 14 mulheres, entre vice-presidentes e diretorias, quando cheguei, tinha nenhuma. Fizemos o maior programa social digital da história do Brasil", disse.
Ainda, declarou a possibilidade da abertura de mais 100 agências pelo país. "Abrimos agências, contratamos pessoas, das 76 agências que estamos abrindo, 90% são nas regiões Norte e Nordeste. Estamos discutindo abrir mais 100 agências nas cidades de 20 a 40 mil habitantes."