MERCADO IMOBILIÁRIO

Alta dos juros começa a chegar no financiamento imobiliário; veja o que muda

De acordo com a última pesquisa de juros da ANEFAC, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas

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Lucas Moraes

Publicado em 13/07/2021 às 12:47 | Atualizado em 13/07/2021 às 13:56
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O Santander é o primeiro grande banco a iniciar o acompanhamento das recentes altas da taxa básica de juros (Selic). Ontem (12), o banco espanhol anunciou o aumento da taxa mínima para financiamentos imobiliários em um ponto percentual, indo a 7,99% ao ano mais TR (atualmente zerada).

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O banco justificou que mesmo com a alta ainda tem mantém um dos juros “mais baixos da série histórica. Mantendo--se atrativo em um momento que segue oportuno para quem pretende adquirir imóvel financiado”.

O financiamento imobiliário com taxas de mercado na modalidade pós-fixada referenciada na TR já chega a até 14,20% ao ano, segundo dados do Banco Central. A média dos grandes bancos está no patamar
dos 7%.

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De acordo com a última pesquisa de juros da ANEFAC, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas. O diretor executivo de estudos e pequisas da associação, Miguel José Ribeiro, diz que as elevações podem ser atribuídas ao aumento dos juros futuros, a expectativa de novas elevações da taxa básica frente a uma inflação maior e devido à provável elevação dos índices de inadimplência, fora o anúncio das elevações dos impostos das instituições financeiras.

A taxa de juros média geral para pessoa física passou de 5,88% ao mês em maio de 2021 para 5,93% ao mês em junho de 2021 (maior taxa desde dezembro de 2019).

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O mercado já esperava um novo ciclo de alta a partir deste ano, mas sem grandes movimentações que venham a afetar a demanda pelo crédito imobiliário. 

De acordo com os últimos dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 17,47 bilhões em maio de 2021, maior volume nominal mensal registrado em um mês de maio na série histórica iniciada em 1994. O montante superou em 4,6% o registrado em abril e, comparado a maio do ano passado (R$ 7,13 bilhões), foi 144,9% maior.

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