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Do GNV ao gás encanado: Pernambuco tem novo fornecedor, e preços podem mudar

Estado assinou nesta terça-feira (24) contrato com a Shell para fornecimento de gás natural

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Angela Fernanda Belfort

Publicado em 24/08/2021 às 18:53 | Atualizado em 24/08/2021 às 19:37
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O Diretor-presidente da Shell Energy do Brasil, Christian Iturri, e o presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), André Campos, assinaram nesta terça-feira (24) um acordo de suprimento de gás natural válido para os anos de 2022 e 2023. A Copergás será a primeira distribuidora de gás canalizado do País a contar com outra supridora além da Petrobras. Isso só foi possível devido aprovação da Lei do Gás pelo Congresso Nacional, que quebrou o monopólio da petrolífera brasileira.

Pelos próximos dois anos, a compra deste gás da Shell vai representar uma economia de R$ 180 milhões com os preços praticados hoje,  cerca de 17% quando comparado com os atuais preços cobrados pela Petrobras.

"Tudo que for economizado com a compra do gás será repassado aos consumidores deste combustível", afirmou André Campos, logo depois da solenidade que ocorreu de forma virtual e contou com a participação do governador Paulo Câmara (PSB); do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Geraldo Julio, e do presidente da Shell do Brasil, André Araújo, entre outros. O aumento da oferta do gás natural pode ser um indutor do desenvolvimento de Pernambuco. 

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Pelo contrato, a Copergás vai comprar 750 mil metros cúbicos de gás natural por dia da Shell no primeiro ano. No segundo ano, serão adquiridos 1 milhão de metros cúbicos de gás por dia da multinacional. A Petrobras vai continuar fornecendo à Copergás até 31 de dezembro de 2023, cumprindo um contrato assinado entre ambas as estatais. Pernambuco consome atualmente cerca de 3 milhões de metros cúbicos diários, sendo que 1,5 milhão de metros cúbicos são destinados ao setor termelétrico (que gera energia a partir do gás natural). 

A venda do gás da Shell à Copergás resultou de um edital de chamada pública realizado em 17 de setembro do ano passado. Oito empresas se inscreveram, apresentando 18 propostas. "O preço do gás mais barato foi o da Shell", comentou André Campos. O volume faz parte do primeiro lote de contratação previsto no edital.

O governador Paulo Câmara destacou a parceria pioneira entre Copergás e Shell e disse que, com a nova supridora, a companhia pernambucana terá aumentada sua competitividade, com impacto no aumento de clientes da companhia. “Investir em Pernambuco vale a pena, vocês vão ter condições de avançar e nos ajudar nessa retomada. Pernambuco fez um grande trabalho no controle da pandemia e temos pressa para retomar a geração de empregos, para gerar empregos e melhorar a infraestrutura”, afirmou o governador.

Para André Araújo, o acordo com a Shell será referência para outras companhias estaduais do setor, no sentido da busca da diversificação de supridores, garantindo maior competitividade e estabilidade de preços.

A teleconferência que marcou a assinatura do contrato também contou ainda com as presenças dos presidentes da Mitsui, Taira Nozaki, e da Gaspetro, Ricardo Mello – as duas empresas são sócias do Governo de Pernambuco na Copergás. Ainda pelo Governo do Estado também participaram da solenidade a vice-governadora Luciana Santos; os secretários-executivos Ana Paula Vilaça (Atração de Investimentos e Estudos Econômicos) e João Guilherme Ferraz (Executivo de Secretário Energia, Infraestrutura e Implantação de Projetos), além dos presidentes de Suape, Roberto Gusmão, e da AD Diper, Roberto Abreu e Lima.

CHEGADA

 A partir de janeiro, a Copergás passará a ter três fornecedores de gás natural. A terceira empresa fornecedora será a New Fortress – antiga Golar Power – vai levar gás natural, de caminhão, aos municípios de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, e Petrolina, no extremo oeste do Estado. "O preço em Petrolina será o mesmo do cobrado no Recife", contou André Campos. E isso será diluído na tarefa de todos os consumidores da Copergás, mas o impacto na tarifa dos consumidores da companhia é insignificante, segundo André Campos.

O gás natural deve chegar a Petrolina em outubro e em Garanhuns em novembro. O que será transportado é o Gás Natural Liquefeito (GNL) num contêiner refrigerado que será transportado por caminhões. 

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