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Guedes: parece que agora fui promovido para fura teto, para ala política

A declaração foi feita ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após rumores de que poderia deixar a pasta em meio a manobras no teto de gastos para bancar auxílio

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Estadão Conteúdo

Publicado em 22/10/2021 às 18:57 | Atualizado em 22/10/2021 às 18:58
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afastou que seja "fura teto" e afirmou que seu papel é avaliar o limite de aumento de gastos para não abalar os fundamentos fiscais. A declaração foi feita ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após rumores de que poderia deixar a pasta em meio a manobras no teto de gastos para bancar a elevação do Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família.

Em outro momento, Guedes disse que a mudança no indexador do teto de gastos é "defensável tecnicamente" e que não altera os fundamentos fiscais da economia. "Vim (para o governo) acreditando no presidente, Congresso e mídia. Militantes dirão que sou bolsonarista raiz porque estou ajudando presidente eleito. Acho que o presidente me apoia e quer fazer as reformas. Parece que agora fui promovido para fura teto, para ala política Não acredito nisso."

Guedes ainda disse que "houve toda ideia estapafúrdia" no caso do auxílio aos caminhoneiros. Segundo o ministro, o benefício da categoria deve custar de R$ 3,7 bilhões a R$ 3,8 bilhões. "Falaram em subsídio para todo o combustível brasileiro, chegaria a R$ 100 bilhões."

O ministro também mencionou sobre os programas de emprego para mais jovens e pessoas de mais de 55 anos que estão fora há bastante tempo do mercado de trabalho, que não passaram no Senado. "Houve desacerto político. Vamos voltar nisso."

Déficit

O ministro da Economia afirmou que o aumento de gastos para permitir a ampliação do novo Bolsa Família a R$ 400 para 17 milhões de famílias é "plenamente absorvível".

Guedes reconheceu que o déficit primário previsto para o ano que vem deve ser maior do que o projetado, de 0,5% do PIB. "Déficit, ao invés de ser praticamente zerado ano que vem, que seja de 1%. Que seja déficit de 1,5% ano que vem, não faz mal, preferimos atender mais frágeis."

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