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O Pix mudou? Nova fase do open banking começa nesta sexta (29) e facilita pagamentos online; entenda

Agora, será possível o compartilhamento de informações para os serviços de transações de pagamento, facilitando a vida dos consumidores

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Marcelo Aprígio, Lucas Moraes

Publicado em 29/10/2021 às 7:08 | Atualizado em 29/10/2021 às 7:27
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A partir desta sexta-feira (29), começa a valer a terceira etapa do open banking, sistema que permite troca de dados de clientes e de informações de instituições financeiras. Nesta etapa, a principal novidade envolve o Pix, que poderá ser usado com mais facilidade nas compras online.

Agora, será possível o compartilhamento de informações para os serviços de transações de pagamento. Assim, diferentes instituições financeiras do mercado poderão trocar dados de clientes para realizar um pagamento. Desta forma, será possível que os chamados iniciadores de pagamentos possam atuar diretamente com os pagamentos instantâneos.

Segundo o Banco Central, com a atualização, fazer um Pix para pagamentos de compras ou serviços em aplicativos terceiros terá uma redução de sete para três passos, isso levando-se em conta o mecanismo financeiro tecnológico para efetuação dos pagamentos.

Para o usuário, na verdade, a principal vantagem é conseguir efetuar os pagamentos sem a necessidade de abrir o aplicativo do banco, o que até então era necessário para conseguir fazer a transferência.

A partir desta sexta-feira (29), esses iniciadores de pagamentos poderão oferecer o Pix como opção de pagamento, sendo autorizados a realizar a operação dentro do seu próprio ambiente. Um exemplo claro é um pedido feito no aplicativo de delivery iFood.

Antes, para um pagamento via Pix, o usuário que desejasse pagar neste formato recebia a chave Pix, um código ou QR Code e precisava sair do aplicativo do iFood, acessar a conta bancária e realizar a transação com os dados.

Com a entrada da terceira fase do Open Banking, no próprio aplicativo de delivery, por exemplo, a transação será feita. Bastando a autorização do usuário, sem precisar sair de um aplicativo para outro.

THIAGO LUCAS/ ARTES JC
Pix - THIAGO LUCAS/ ARTES JC

Open Banking

O Open Banking está em vigor desde 1º de fevereiro; a primeira etapa permitiu o compartilhamento de informações sobre produtos, serviços, canais de atendimento e localização de agências. Com base nos dados, os bancos podem fazer comparações por meio de sistemas de interface de programação de aplicações. A segunda fase, que envolve o compartilhamento de cadastros e de transações entre as instituições financeiras, passou a vigorar no dia 13 de agosto.

A terceira fase, que envolve o os pagamentos com Pix, deveria ter entrada em vigor no fim de agosto, mas foi adiada para o dia 29 de outubro. A quarta etapa, que prevê a troca de informações sobre serviços de câmbio, de investimentos, de previdência e de seguros está prevista para o mês de dezembro.

Para o especialista em regulação da JL Rodrigues & Consultores Associados, José Luiz Rodrigues, este é o momento em que o open banking deixará de atuar apenas com o compartilhamento de informações e impactará nos serviços que chegarão ao consumidor.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
open banking - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

"É na fase 3 do open banking que começará a integração nas prestações de serviços. Ela ocorrerá de forma gradativa, envolvendo primeiramente o Pix, e integrando posteriormente os pagamentos com TED e transferências entre contas na mesma instituição, boletos, débitos em conta e, por fim, propostas de créditos. Essa fase proporcionará o surgimento de novas soluções e ambientes para a realização de pagamentos e, posteriormente, novas dinâmicas às operações de crédito. É uma fase direcionada para difundir o acesso a serviços financeiros, mas preservando a segurança do Sistema Financeiro Nacional”, diz ele.

4ª fase

A quarta e última fase do open banking entra em vigor a partir de 15 de dezembro, com o compartilhamento de informações sobre produtos de investimentos, previdência, seguros, câmbio, entre outros, ofertados e distribuídos no mercado.

Os clientes - sempre que quiserem e autorizarem - poderão compartilhar informações de operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário, bem como acessar informações sobre as características dos produtos e serviços com essa natureza disponíveis para contratação no mercado.

A expectativa do Banco Central é a de que a troca de informações de clientes feitas de forma autorizada e padronizada vai aumentar a concorrência no sistema financeiro e reduzir custos para os clientes.

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