O volume de serviços em Pernambuco caiu 2,2% em setembro na comparação com agosto, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo IBGE. Este foi o segundo pior resultado do ano, superado apenas pelo mês de março, quando a queda foi de 2,3%. O percentual também foi o sexto pior do Brasil, empatado com Goiás e à frente apenas de Sergipe, Acre, Tocantins, Alagoas e Rondônia. No País, a queda foi menos intensa, ficando em - 0,6%. Na comparação entre setembro de 2021 e o mesmo período do ano passado, Pernambuco teve alta de 17,7% no volume de serviços, sexto maior índice entre os Estados e acima da média nacional (11,4%).
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A variação acumulada do setor foi de 10,9%, ligeiramente inferior à média brasileira (11,4%). Na variação acumulada de 12 meses, a tendência foi semelhante: a alta de Pernambuco foi de 5,7%, menor do que a nacional, de 6,8%.
Em Pernambuco, qualquer queda ou crescimento mais pífio no setor de serviços é importante, porque traz impacto na performance do Produto Interno Bruto (PIB), que indica como está a economia. Os serviços respondem por mais de 70% da economia do Estado, e este foi o setor mais impactado pela pandemia do novo coronavírus, por causa das medidas para conter a contaminação, o que incluiu o distanciamento social e o fechamento de vários empreendimentos, como shoppings, bares, restaurantes, academias, etc.
Todas as atividades de serviços pesquisadas pela PMS tiveram alta em setembro de 2021, comparando com o mesmo mês do ano passado. Mais uma vez, os serviços prestados às famílias foram o destaque do levantamento, com alta de 95,4%, influenciada pela flexibilização nas medidas de distanciamento social. Este segmento também inclui empreendimentos que geram muitos empregos, como hotéis, bares, academias e salões de beleza, com atividades que requerem contato físico do consumidor, e foram os mais beneficiados pelo avanço da vacinação contra a covid-19.
Na comparação de setembro deste ano com o mesmo período de 2020, em quatro categorias a expansão foi menos intensa: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio avançaram
16,5%; os serviços profissionais, administrativos e complementares subiram 15,6%; os serviços de informação e comunicação tiveram alta de 4,6%, e outros serviços registraram um aumento de 1,9%.
Esta última categoria inclui a compra, venda e aluguel de imóveis, atividades de apoio à agricultura, à pecuária e gestão de resíduos sólidos.
ACUMULADO
Quando se compara a variação acumulada em setembro de 2021 com o mesmo período do ano anterior, os serviços prestados às famílias também estiveram na frente, com 45,8%; seguidos por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (10,5%); serviços profissionais, administrativos e complementares (8,7%); outros serviços (5,3%); serviços de informação e comunicação (3,3%).
Ainda na variação acumulada de 12 meses - encerrando em setembro -, a categoria "outros serviços"
teve o maior avanço (9,9%), ficando em segundo lugar os serviços prestados às famílias, com uma alta de 5,1%. Na mesma base de comparação, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceram 3%; serviços de informação e comunicação (1,7%); serviços profissionais, administrativos e complementares registaram um incremento de 0,5% com aumentos menos expressivos.
TURISMO
Em Pernambuco, o índice de volume das atividades turísticas registrou crescimento zero entre setembro e agosto deste ano. O resultado deixou o Estado no nono lugar entre as 12 localidades pesquisadas. Entre os outros Estados do Nordeste que participam do levantamento, a Bahia conseguiu índices positivos (1,5%). Já o Ceará apresentou queda de 5,2%, a maior do país. A média brasileira, por sua vez, foi de 0,8%.
Pernambuco teve, ainda, o segundo maior aumento do País em setembro de 2021 na comparação com o mesmo mês de 2020 (86%), atrás apenas da Bahia (104,7%). No Brasil, essa recuperação foi menos intensa, de 36,6%. Na variação acumulada de janeiro a agosto, Pernambuco ficou em terceiro lugar, com avanço de 45,6%, atrás da Bahia (48,9%). O Brasil teve um aumento menos expressivo, de 19,9%.
Já na variação acumulada dos últimos 12 meses, Pernambuco foi o terceiro estado com maior aumento nas atividades turísticas, atrás apenas de Goiás (22,2%) e da Bahia (21,3%). A alta foi de 19%, em contraste com o resultado do Brasil, que foi positivo, mas discreto, de 1%.
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