Bolsonaro diz que parte dos Precatórios poderá ir para servidores
PEC para adiar pagamento de dívidas vem enfrentando forte oposição de partidos da esquerda, com base sindical
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (15) que estuda destinar parte dos recursos bilionários a serem liberados pela PEC dos precatórios a servidores públicos. A proposta de emenda à Constituição foi aprovada pela Câmara e vai ser votada agora no Senado, alterando o teto de gastos e viabilizando o pagamento do programa substituto do Bolsa Família, o Auxílio Brasil de R$ 400, até o fim de 2022, ano eleitoral.
- PEC dos Precatórios, que viabiliza Auxílio Brasil de R$ 400, deve ser votada pelo Senado até 2 de dezembro
- PEC dos Precatórios: FBC diz que matéria deve ser votada até início de dezembro
- 'Estamos bastante esperançosos', diz Guedes, após aprovação de PEC dos Precatórios
- Governo precisa da PEC dos Precatórios aprovada até 15 de dezembro para colocar Auxílio Brasil de R$ 400 na rua ainda este ano
A PEC vem enfrentando oposição por partidos de esquerda, com forte base sindical, e sindicatos do funcionalismo que veem ameaças ao pagamento de dívidas a servidores aposentados que ganharam na Justiça o direito de receber benefícios atrasados. O presidente não esclareceu se planeja algum tipo de reajuste salarial a categorias.
"Tínhamos previsto pagar em torno R$ 30 bilhões no ano que vem e passou para quase R$ 90 bilhões. Essa diferença tem que entrar no teto. E se entrar no teto, a gente para o Brasil", afirmou Bolsonaro, durante entrevista na Expo Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
"Não queremos romper o teto. Propusemos ao Congresso, e a Câmara deu sinal verde, para parcelar mais da metade disso aí. Daí dá para a gente atender os mais necessitados, atender a questão orçamentária, e pensamos até em, dado o espaço que está sobrando, atender em parte os servidores.