Em Caruaru, três obras do governo do Estado estão inacabadas
Os empreendimentos fazem parte da lista das 1.754 obras paralisadas apontadas num levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado na quarta-feira (17).
A cidade de Caruaru tem pelo menos três obras do governo do Estado que estão inacabadas ou com fortes indícios de abandono apontadas num levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na quarta-feira (17). São elas: o Hospital da Mulher de Caruaru, o Janelas para o Rio e o Complexo de Polícia Científica.
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O Hospital da Mulher foi iniciado em maio de 2013 e deveria ficar pronto no dia 07 de julho de 2014 pelas informações que constam no levantamento do TCE. O empreendimento teria um custo de R$ 46, 7 milhões e foram pagos R$ 28,4 milhões. A reportagem da TV Jornal mostra que a agricultora Vanessa Silva perdeu o bebê depois de ter um sangramento. "Seria melhor se aqui na cidade tivesse um atendimento especializado", comentou a agricultora. Na mesma reportagem, mostra uma entrevista do governador Paulo Câmara (PSB), em março de 2017, prometendo concluir o empreendimento naquele mesmo ano.
O Complexo de Construção Científica de Caruaru foi iniciado em 18 de junho de 2011 e deveria ter sido concluído em 13 de abril de 2012. Até hoje, está inacabado e já foram pagos R$ 3,4 milhões dos R$ 6,2 milhões previstos para a implantação do empreendimento, de acordo com o TCE.
Outra obra que está parada é a do Parque Janelas para o Rio, que está abandonado, contribuindo para a insegurança dos moradores das proximidades, segundo a reportagem da TV Jornal. As obras começaram em 2019 e paralisaram em 2020. O local fica às margens do Rio Ipojuca, que corta a cidade de Caruaru, numa área de sete hectares nos quais serão implantados quadras esportivas, pista de cooper, parquinhos, área de reflorestamento, entre outros.
O parque faz parte da revitalização prevista para o Rio Ipojuca. A reportagem da TV Jornal também diz que em Caruaru as obras do projeto paralisaram com 30% de execução, enquanto os projetos, de mesmo nome nas cidades de São Caetano está com 90% de execução e o de Gravatá, já foi entregue.
RESPOSTA
As obras do Hospital da Mulher foram contratadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) que informou, em nota que: "as obras do Hospital da Mulher de Caruaru precisaram passar por processo de auditoria após serem detectados problemas durante a execução. Nas últimas semanas, foram realizadas diversas ações, como atualização do projeto de arquitetura, de licenças com a prefeitura do município e da planilha orçamentária para análise pela Caixa Econômica Federal (CEF). Após a aprovação da Caixa, será feita a licitação da empresa que dará continuidade à obra do equipamento. A expectativa é que a licitação ocorra ainda neste ano. Já a retomada dos trabalhos está prevista para o primeiro semestre de 2022, com 18 meses de execução a partir da assinatura da ordem de serviço".
Ainda de acordo com a nota da SES, o governo do Estado colocou em funcionamento diversos equipamentos na área de saúde em Caruaru, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para os casos de urgência e emergência, e em 2013 a Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE), com oferta de consultas ambulatoriais, exames e pequenas cirurgias e em 2014, o Hospital Mestre Vitalino (HMV), maior hospital do interior do Estado, além da reabertura do Hospital São Sebastião em 2018.
As obras do Parque Janelas para o Rio foram contratadas pela Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (Seinfra) que informou, também em nota, que a empresa responsável pelas obras do Parque Janelas para o Rio de Caruaru sofreu impactos da pandemia, o que resultou na alteração do cronograma. No entanto, a Seinfra destaca que atua no sentido de garantir a conclusão das obras do equipamento, que é uma das metas do Governo do Estado. O atual percentual de execução da obra é de cerca de 30%, a um investimento de R$ 3,1 milhoes.
Ainda de acordo com a nota, para a conclusão total do parque, cuja previsão é o primeiro trimestre de 2022, deverão ser aportados ainda mais R$ 3,5 milhões. O projeto do parque foi elaborado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), através do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca (PSA Ipojuca), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).