Conta de luz: redução de 20%, anunciada por Bolsonaro, ficou em apenas 3,4% em Pernambuco
Pernambucanos passarão a pagar, em média, 18,50% a mais nas contas residenciais de energia a partir desta sexta-feira (29)
A promessa do governo Jair Bolsonaro (PL) de reduzir as contas de energia em 20%, com o fim da vigência da Bandeira tarifária Escassez Hídrica, não vingou. Como já era esperado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, homologou nesta terça-feira (26) o Reajuste Tarifário Anual, que vai elevar as contas, em média, 18, 98% a partir desta sexta-feira (29). Pelas contas da Aneel e Neoenergia, no fim, o consumidor sentirá uma pequena redução de -3,4% por estar fazendo uso da atual Bandeira Verde.
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Isso quer dizer que o percentual médio de variação a ser sentido pelos consumidores poderia ser ainda maior. De acordo com a Aneel, a combinação do reajuste com o término da cobrança da Bandeira de Escassez Hídrica resultará em efeito tarifário de -3,37% para o consumidor residencial convencional.
O quiproquó na cabeça do cidadão veio porque o governo federal resolveu, a poucos dias do reajuste, anunciar o adiantamento do fim da cobrança tarifária da Escassez Hídrica, que encarecia a conta R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, projetando uma baixa de 20% nas contas - percentual já questionado por especialistas do setor.
A partir desta sexta-feira (29), os consumidores pernambucanos sentirão o efeito médio do aumento de 18,98%. Para os consumidores em alta tensão, a média do impacto será de 19,01% e para os de baixa tensão, de 18,97%.
O impacto para os consumidores residenciais é de 18,50%. Desta forma, quem pagava R$ 100 na conta de energia, por exemplo, passa a pagar cerca de R$ 118,50 com o aumento.
A Neoenergia diz que do percentual total do reajuste, apenas 4,53% são referentes à Neoenergia Pernambuco. Na composição da tarifa, a parte que compete à distribuidora apresenta o menor impacto, já que do valor cobrado na fatura, 39,5% são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) continuam tendo participação de 37,7% do total.
A distribuidora fica com 22,7% do valor pago pelos consumidores pernambucanos para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos. Para uma conta de R$ 100,00, por exemplo, R$ 22,70 são destinados efetivamente à empresa para operar, manter e expandir o sistema que atende 3,9 milhões de unidades consumidoras.
Economia na conta de luz
A Neoenergia divulgou iniciativas que promovem o consumo consciente de energia elétrica. São algumas dicas para economizar energia e reduzir a conta de luz no final do mês.
As boas práticas passam pela melhor escolha dos aparelhos eletrônicos, desligamento de eletrodomésticos quando não estiver sendo utilizado e aproveitar ao máximo a luz natural nas residências. Confira: