TECNOLOGIA 5G

É verdade que o sinal 5G interfere nas antenas parabólicas? Veja detalhes do início da operação 5G no Brasil

Brasília foi a primeira capital do País a receber o sinal de 5G "puro". Mas a adoção da nova tecnologia vai exigir algumas adequações

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Edilson Vieira

Publicado em 06/07/2022 às 16:59
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Começou a operar nesta quarta-feira (6), em Brasília (DF) a primeira rede comercial de 5G Standalone no Brasil. Também chamada de "5G puro", a rede standalone opera com antenas próprias, dedicadas ao novo sinal de internet móvel, e não com adaptações de estruturas de antenas 4G. Segundo a TIM, responsável pela operação,  foram ativadas 100 antenas, alcançando 50% da população da Capital Federal. No local, nos próximos 60 dias serão ativadas outras 64 antenas, alcançando 65% de população coberta, ainda segundo a operadora. A TIM divulgou ainda que o 5G oferece velocidades de navegação que podem alcançar da ordem de Gbps, até 100 vezes mais que a rede 4G. Não é preciso trocar o chip, mas é necessário ter um celular compatível com a nova tecnologia.

Quando as outras cidades receberão o sinal 5G?

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa serão as próximas cidades a oferecerem a quinta geração da tecnologia de internet móvel. Não há datas definidas para cada cidade, mas o prazo para todas as 26 capitais brasileiras receberem o 5G é 29 de setembro deste ano. No início, o prazo final era 31 de julho, mas a Anatel decidiu dar mais tempo por conta de dificuldades enfrentadas pelas empresas de telefonia com a importação de equipamentos. Para a Anatel, todas as cidades no Brasil serão interligadas a rede 5G até o final do ano de 2029.

Nas cidades com sinal 5G será preciso trocar as antenas parabólicas?

A resposta é sim. Tanto que a lei que regulamenta a introdução da tecnologia 5G no Brasil determinou a criação do  Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz e da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), que ficará responsável para orientar e operacionalizar as trocas de antenas. A troca é necessária para que a população não fique sem o sinal de TV aberta, mas, atenção: apenas as antenas parabólicas do tipo convencional precisam ser trocadas. As antenas digitais ou as de TV por assinatura não sofrem interferências e, por isso, não precisam ser substituídas.

Haverá distribuição de antenas parabólicas para famílias de baixa renda?

Segundo a Anatel, a Entidade Administradora da Faixa (EAF) informou que no Distrito Federal há uma demanda estimada de 3.341 antenas parabólicas. As famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), receberão a antena sem custo. Nesse primeiro momento, a mudança será necessária apenas nas capitais brasileiras à medida que forem recebendo o sinal 5G. Os beneficiários do CadÚnico poderão fazer o agendamento para a instalação do kit com a nova parabólica, se cadastrando no site www.sigaantenado.com.br

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