Raquel Lyra garante R$ 300 milhões do Governo Federal para o projeto Raízes Resilientes
Projeto pretende beneficiar 75 mil famílias no Agreste e Sertão
Nesta terça-feira (24), a governadora Raquel Lyra, participou do lançamento do Projeto Sertão Vivo- Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste. A solenidade foi realizada no Palácio do Planalto contou com a presença do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na ocasião o projeto Raízes Resilientes, que tem o objetivo de reduzir o impacto da mudança climática, apresentado pela gestora, foi aceito, pelo edital lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A iniciativa sugerida será contemplada Sertão Vivo do governo federal e irá atender comunidades rurais, agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais do Nordeste.
Durante o evento, também foi assinado o contrato de financiamento entre o BNDES e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
"Pernambuco foi contemplado com o valor de R$ 300 milhões, que serão diretamente investidos na agricultura familiar para garantir o acesso à água para os agricultores pernambucanos. É preciso tornar nossas cidades mais resilientes, permitindo a convivência no semiárido nordestino. Nosso projeto é permitir o apoio à agroecologia, construção de cisternas, sistemas simplificados de abastecimento e extensão rural. Iremos garantir o benefício para 75 mil famílias, que terão mais qualidade de vida onde moram, e estamos celebrando mais essa conquista para Pernambuco", destacou Raquel Lyra.
Raízes Resilientes
O projeto Raízes Resilientes garantirá o financiamento de roçados e quintais produtivos, o apoio à construção para os agricultores e a promoção do empreendedorismo local voltados para os produtos e serviços que apoiem a agricultura familiar.
O programa também garantirá o aporte para construção de cisternas, açudes e bacias de armazenamento, sistemas de tratamento e reutilização de águas residuais domésticas.
O projeto será desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca (SDA), em parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que ficará responsável por supervisionar a implementação.
A iniciativa permite parcerias com prefeituras, conselhos estaduais e municipais, universidades e outros órgãos de pesquisa, além de organizações da sociedade civil, mas as cooperação com esses grupos ainda não foi estabelecida. A previsão é que em fevereiro de 2024, as atividades do projeto sejam iniciadas, com um prazo de execução de 60 meses e de conclusão para janeiro de 2029.
Ao todo, serão beneficiadas 75 mil famílias de 55 municípios. Confira a lista: Orocó, Carnaubeira da Penha, Calumbi, Afrânio, Jataúba, Sairé, Iati, Paranatama, Pedra, Betânia, Brejão, Caetés, Bom Jardim, Cumaru, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Manari, Santa Maria da Boa Vista, Frei Miguelinho, Dormentes, Capoeiras, Moreilândia, Santa Filomena, Cabrobó, Águas Belas, Bodocó, Exu, São João, Alagoinha, Casinhas, Lagoa Grande, Mirandiba, Poção, Riacho das Almas, Buíque, Flores, Itaíba, Ouricuri, Serrita, Tupanatinga, Altinho, Calçado, Inajá, Jupi, Lagoa dos Gatos, Orobó, Saloá, São Joaquim do Monte, Ingazeira, Jucati, Jurema, Lagoa do Ouro, Canhotinho, Caruaru e Quipapá.
BNDES
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, participou do lançamento do Projeto Sertão Vivo e ressaltou que o Nordeste faz parte da solução para várias questões climáticas.
"O Semiárido nordestino, historicamente, foi exposto a ausências de recursos hídricos, ao sol intenso, variações de temperatura e aquecimento. Por isso, essa região pode ser referência para a solução de desafios climáticos diante desta experiência acumulada de como conviver com situações de mudança climática", afirmou.