Pernambuco supera média nacional em crescimento do PIB, mas desafios para sustentar expansão econômica persistem

Segundo o secretário de Planejamento, Fabrício Marques, a expansão econômica do Estado dependerá de uma estruturação fiscal e do crescimento nacional

Publicado em 17/09/2024 às 15:20

Com a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima da média nacional, referente ao segundo trimestre de 2024, Pernambuco tem pela frente o grande desafio manter essa expansão econômica sustentável pelos próximos períodos.

Segundo os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional e pela Agência Condepe/Fidem, o PIB do Estado cresceu 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando a média do país de 3,3%. Para o secretário de Planejamento, Fabrício Marques, a sustentação deste cenário depende da articulação entre o Executivo estadual e a iniciativa privada, o que tem sido desenvolvida desde o ano passado.  

"O Governo do Estado está empenhado em criar um ambiente fiscal e tributário favorável, além de simplificar processos para atrair negócios e impulsionar a economia pernambucana. A expectativa é que, nos próximos trimestres, o crescimento econômico continue a se manter em níveis elevados, não apenas no segundo trimestre, mas também no terceiro e no quarto", afirmou Marques. 

Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, desta terça-feira (17), o secretário explicou ainda que o desempenho futuro dependerá significativamente de uma estruturação fiscal e do crescimento contínuo do país. Ou seja, a expectativa é que com a elevação da expansão econômica  do Brasil, Pernambuco também tenha a oportunidade de superar a média nacional, na busca por garantir um desempenho sólido ao longo dos próximos anos.

Sobre o fato de a agropecuária ter contribuído para puxar o avanço do PIB, com crescimento de 22,3%, junto com a indústria (4,4%) e os serviços (2,8%), Fabrício Marques afirmou que, na realidade, esse foi um crescimento generalizado do setor como um todo. 

"Claro que algumas atividades se destacaram mais, como a produção de ovos e frango, por exemplo. No entanto, esse crescimento está vinculado à pecuária e à agricultura em geral, com diversas culturas também apresentando um crescimento significativo durante esse período", disse. 

Outro ponto destacado pelo secretário de Planejamento é que, além dos incentivos que o Governo do Estado está implementando para estimular a atividade privada, o crescimento também está ligado à crescente demanda interna por produtos de pecuária, que inclui a demanda de outros estados para consumo.

"Nós percebemos um retorno muito forte do consumo das famílias nestes últimos três anos, e  Pernambuco como é o estado que tem uma produção de agropecuária mais voltado para o mercado interno e não para a exportação, está sendo beneficiado com essa demanda de consumo sustentável das famílias", declarou em entrevista ao Passando a Limpo. E com a execução de grandes projetos para ampliar a oferta de água, o Executivo acredita que irá incentivar ainda mais a produção agrícola para os próximos anos. 

Investimentos nas emergências hospitalares

Na última sexta-feira (13), o Governo de Pernambuco anunciou que as seis maiores emergências hospitalares de Pernambuco passarão por obras de manutenção - preventivas e corretivas. O valor máximo total estimado é de R$ 84,3 milhões.

Segundo secretário de Planejamento, "o Estado nunca havia firmado contratos desse volume para a manutenção dos hospitais, o que contribuiu para a situação crítica que encontramos ao assumir o governo". 

"No Hospital das Restaurações (HR), já iniciamos reformas nos andares mais necessitados e temos um projeto de reforma abrangente em andamento. Com essas reformas e contratos de manutenção, nosso objetivo é reverter a situação atual e assegurar condições adequadas e sustentáveis para os hospitais a longo prazo", destacou Fabrício Marques. 

 

A licitação tem o objetivo de suprir as necessidades de infraestrutura das unidades de saúde com mão de obra qualificada e o fornecimento de materiais de manutenção de maneira contínua. Estão sendo contemplados no processo os hospitais Getúlio Vargas (R$ 9 milhões); Otávio de Freitas (R$ 15,8 milhões); Barão de Lucena (R$ 10,1 milhões); Agamenon Magalhães (R$ 15,4 milhões); Restauração (R$ 17,5 milhões); e Regional do Agreste (R$ 16,3 milhões). As propostas já podem ser realizadas pelas empresas no site do PE Integrado.

Tags

Autor