Haddad afirma que PIB está crescendo perto de 3% e vai manter esse ritmo

Ministro da Fazendo listou o potencial natural, potencializado pela transformação ecológica e o aumento da escolaridade da força de trabalho

Publicado em 30/08/2024 às 16:54

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 30, que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro está crescendo perto de 3% e vai manter esse ritmo, mesmo que, pouco tempo atrás, a maior parte dos economistas considerasse que o crescimento potencial estaria mais próximo de 1,5%.

"Nós não podemos nos conformar com crescer menos do que a média mundial, porque as nossas vantagens não são na média mundial, nós somos superiores à média mundial", comentou, em evento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em São Paulo.

Ele lembrou que crescer na média mundial é "ficar no mesmo lugar".

Haddad listou, entre as vantagens do Brasil, o potencial natural, potencializado pela transformação ecológica e o aumento da escolaridade da força de trabalho.

Ele disse ainda que o mercado de trabalho está aquecido no Brasil e que, por isso, disse ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que esse era o momento de fazer ajustes em programas sociais.

Haddad relatou ainda que, em reuniões setoriais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouve pedidos para anunciar investimentos.

Haddad defende que reforma tributária não criará aumento de carga

Haddad repetiu que a reforma tributária não criará um aumento de carga e disse que, agora, a disputa sobre o texto representa uma queda de braço entre setores no Congresso Nacional. Ele defendeu que haja o mínimo possível de exceções criadas.

"Se um setor está sendo mais 'ligeiro' no Congresso, a posição da Fazenda é que toda e qualquer exceção é ruim para a reforma", disse Haddad, em um evento organizado pela Associação Brasileira de Franchising, em São Paulo. "Quando você não tem exceção, vai ter uma alíquota de 22%, 21%, numa situação muito confortável."

Ele afirmou que a reforma criará efetivamente um imposto único - já que, embora o IVA seja dual, ele seja efetivamente um só para quem paga -, com a chance de criar um sistema tributário digital, único no mundo, que facilitaria o combate à sonegação.

"Se a gente for bem sucedido nisso, nós vamos trazer a alíquota para baixo, porque, quando você amplia a base, com a regra de que não vai aumentar a arrecadação, você vai trazer a alíquota para baixo", disse Haddad.

O ministro afirmou que uma alíquota menor, inclusive, diminui a sonegação e pode melhorar a produtividade, e afirmou que o País pode ter "bons anos" pela frente.

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