FUTEBOL

Jogadores de futebol terão férias coletivas parciais antecipadas no Brasil por causa do coronavírus

Em entrevista a Ralph de Carvalho, na Rádio Jornal, presidente da Federação Pernambucana de Futebol afirma que há em andamento um acordo entre os clubes e os jogadores para antecipar férias

Pedro Alves
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Pedro Alves
Publicado em 24/03/2020 às 10:56 | Atualizado em 24/03/2020 às 12:25
LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM
Evandro Carvalho, presidente da FPF, concedeu entrevista ao JC. - FOTO: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM

O surto do novo coronavírus forçou a paralisação das atividades dos atletas do Brasil. Por esse motivo, iniciou-se uma discussão de como finalizado a temporada pela redução no número de datas para a realização dos jogos, conciliado as férias dos jogadores. Pelo que parece, o martelo está próximo de ser batido. Em entrevista para a Rádio Jornal, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, revelou que o acordo está praticamente fechado e deve ser oficializado até quarta-feira (25).

"Acho que finalmente encontramos um meio termo. Todos estão absolutamente conscientes em resolver os problemas dos atletas e a proposta final está praticamente aceita e devemos bater o martelo amanhã", afirmou Evandro.

Ouça a entrevista na íntegra:

As férias dos atletas são realizadas no final do ano e, devido à paralisação do covid-19, o calendário deve ser esticado até o final do ano, chocando com o período de férias. Por isso o acordo com as partes foi dividir os 30 dias que os atletas têm direito de gozar das férias, como explica Evandro.

"Em princípio faríamos 30 dias (de férias) para jogar dezembro todo. Mas para atender os atletas vamos até o dia 20 de dezembro e eles gozariam os últimos dias do ano. Isso atrasaria o início da próxima temporada, mas que pode ser ajustado. O importante é o que tenhamos o que fazer até o final do ano", completou.

Sindicato dos atletas

O presidente do Sindicado dos Atletas de Pernambuco, Ramon Ramos, também se posicionou sobre o assunto. Também em entrevista para a Rádio Jornal, Ramon disse que a primeira proposta não foi aceita - por estar fora das normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) - mas que a segunda proposta feita está dentro das condições e que podem ser aceitar pelos atletas.

"O sindicato não concordou com a primeira proposta por ser inviável. A segunda é viável por ser embasada na CLT e os 25% da redução do salário podem ser aceitos pelos jogadores. Estamos aguardando as respostas dos líderes. Todos sabem que o acordo é a melhor saída. Esse é o posicionamento do sindicato. Vamos aguardar a resposta dos jogadores", afirmou o presidente.

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