O ex-zagueiro do Santa Cruz William Alves defende atualmente o Rukh Brest, da Bielorrússia, e contou a situação do campeonato nacional do país em meio à pandemia do coronavírus. A Bielorrússia teve seu primeiro caso confirmado no dia 28 de fevereiro e, de lá para cá, já contabilizou cerca de 100 pessoas diagnosticadas com a Covid-19. A Bielorrússia é o único país da Europa que não foi paralisado o futebol por conta da pandemia.
William Alves e os demais jogadores que atuam no país estão apreensivos com a doença e a ameaça de contaminação. O brasileiro falou sobre a situação em entrevista à coluna de Rafael Reis, do Uol. "Eu preferia que o campeonato tivesse paralisado. Tenho um pouco de medo. Durante o jogo eu não penso, mas logo quando termina fico pensando se fui contaminado. Será que me contaminei?", confessa o ex-jogador do Tricolor do Arruda.
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O atleta aportou no leste europeu no mês e não sabe falar inglês. Ele disse que a situação é difícil porque as pessoas circulam normalmente pelas ruas. "Meus pais e minha esposa estão preocupados e pedem para que eu não saia do hotel de jeito nenhum. O problema é que está tudo tranquilo. As pessoas estão na rua normalmente e não usam máscaras", relatou.
O presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, defende que o país deve continuar com suas atividades, apesar dos números crescentes do coronavírus pelo mundo. No futebol, a única medida foi o uso de câmeras térmicas que verificam se as pessoas estão com febre. O público da equipe de William Alves, Brest, contrao Energetik contou com um público de 933 pessoas. Os atletas entraram com camisa com a mensagem em inglês "playing and praying", jogando e orando pelo mundo, em tradução livre para o português.
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