O governo espanhol autorizou os clubes de futebol a organizar treinos coletivos com no máximo 10 jogadores a partir de segunda-feira (18), informou LaLiga, entidade que rege o Campeonato Espanhol e que pretende retomar a competição em meados de junho, após mais de dois meses de suspensão devido ao coronavírus.
As novas medidas de relaxamento progressivo do confinamento anunciadas pelo governo espanhol significam que o Real Madrid, o Atlético e o Barcelona poderão voltar a treinar em grupos, embora a capital da Espanha e a Catalunha, duas das regiões mais afetadas pela COVID-19 na Espanha, sigam em estado de alerta.
Espanyol, Leganés, Getafe e Real Valladolid também poderão voltar a treinar coletivamente, apesar de pertencer às regiões de risco. O restante dos clubes do Campeonato Espanhol se encontram em regiões que já superaram a fase mais rigorosa do confinamento.
Esta decisão é mais um passo rumo à ideia da LaLiga de retomar sua competição profissional (primeira e segunda divisão) em meados de junho, seguindo o modelo da Bundesliga alemã, que voltou no sábado (16) com jogos com portões fechados e sob rigoroso protocolo sanitário.
Os clubes espanhóis vinham treinando desde 4 de maio, mas de maneira individualizada.
O presidente da LaLiga, Javier Tebas, fixou como objetivo voltar a jogar a partir de 12 de junho, admitindo que dependerá também da situação do país e do aval das autoridades.
De acordo com o Diário Oficial espanhol, os clubes profissionais "poderão desenvolver treinamentos de caráter total dirigidos para uma modalidade esportiva específica, cumprindo com as correspondentes medidas de prevenção e higiene".
Segundo o documento, no máximo 14 atletas poderão treinar juntos. A LaLiga, porém, informou que se limitará a reunir 10 jogadores de futebol por sessão de treinamento.
O Campeonato Espanhol está suspenso desde 14 de março. A LaLiga calcula que os clubes perderão cerca de 1 bilhão de euros caso a temporada não possa ser concluída.
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