Ainda sem constar no calendário atualizado de 2020 da Fórmula 1, o GP do Brasil segue apostando na renovação do contrato para continuar recebendo a corrida da principal categoria do automobilismo mundial de 2021 em diante. A organização da prova brasileira havia afirmado ao Estadão que a negociação estaria selada até o fim de maio, o que não aconteceu.
Em contato com a reportagem, o promotor do GP apontou a remontagem do calendário desta temporada como obstáculo na negociação para o futuro. "As conversas continuam e o atraso ocorreu por parte da FOM, que ficou concentrada na solução da fase europeia do campeonato de F-1 deste ano", disse Tamas Rohonyi.
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O promotor da prova tenta manter a corrida brasileira em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, enquanto sofre a concorrência do Rio de Janeiro. A cidade quer retomar a categoria no futuro circuito a ser erguido no bairro de Deodoro. O projeto carioca é liderado pelo empresário JR Pereira, que também diz estar em processo avançado de negociação com a cúpula da F-1.
No fim do ano passado o Estadão revelou que São Paulo pretende pagar como taxa anual de promoção à categoria cerca de US$ 20 milhões (cerca de R$ 106 milhões na cotação atual). Os recursos viriam de parceiros comerciais. A organização da F-1 cobra um valor variável para todos os países que sediam suas corridas, porém desde 2017 o Brasil não paga a taxa.
Na terça-feira, a direção da F-1 anunciou parte do calendário atualizado da temporada 2020, prejudicada pela pandemia do novo coronavírus. Após cancelar ou adiar 10 das 22 corridas previstas para o ano, a categoria confirmou as primeiras oito provas do campeonato, todas na Europa, entre os meses de julho e setembro, passando por Áustria, Hungria, Inglaterra, Espanha, Bélgica e Itália. Todas com portões fechados, sem a presença de torcedores
A expectativa é de que a Fórmula 1 siga com corridas até o mês de dezembro. O período, ainda sem atividades confirmadas, vai servir para provas na Ásia e nas Américas, incluindo o GP do Brasil, em São Paulo.
Os ajustes para definir o complemento da temporada 2020 podem afetar novamente as negociações de São Paulo para manter o GP do Brasil a partir de 2021 - o contrato atual se encerra no fim do ano.
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