Fórmula 1

CEO da F-1 admite que casos de covid-19 ameaçam GP do Brasil deste ano

O GP do Brasil é um dos cotados para ficar de fora do campeonato, que precisou sofrer diversos ajustes nas últimas semanas em razão da provas suspensas ou canceladas, em razão da pandemia

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Publicado em 03/07/2020 às 9:36 | Atualizado em 03/07/2020 às 9:38
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Questões financeiras, principalmente, podem embarreirar o retorno da prova a Interlagos em 2021 - FOTO: afp



O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, admitiu nesta quinta-feira que os casos de covid-19 no Brasil podem ameaçar a realização do GP deste ano, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, cidade mais afetada pela pandemia do novo coronavírus no País. A temporada 2020 terá início neste fim de semana e a segunda metade do calendário ainda não foi confirmada.

O GP do Brasil é um dos cotados para ficar de fora do campeonato, que precisou sofrer diversos ajustes nas últimas semanas em razão da provas suspensas ou canceladas, em razão da pandemia. Para Carey, as corridas mais ameaçadas são aquelas a serem disputadas nas Américas, continente mais afetado pela covid-19, com mais de 250 mil mortes, de um total de 512 mil em todo o mundo.

"Quando você olha para Estados Unidos, México e Brasil, percebe claramente agora que eles parecem ter uma incidência maior de infecções do que em outros lugares. Então, (estamos) tentando obter informações destes lugares sobre o que é possível e o que podemos fazer", declarou Carey.

Logística

A questão logística é a maior fonte de preocupação do dirigente. "Realmente precisamos saber: podemos correr nestes locais? Haverá restrições à nossa capacidade de entrar e sair de um local de maneira funcional? Além disso, estamos tentando resolver a questão dos fãs. Gostaríamos de ter fãs em nossas corridas. É uma possibilidade."

A princípio, as oito corridas já confirmadas para esta temporada serão realizadas sem público, a começar pelo GP da Áustria, neste fim de semana, em Spielberg. A F-1, contudo, avalia a possibilidade de liberar parte das arquibancadas para a segunda metade do campeonato, cujo calendário ainda não foi divulgado.

"Um dos desafios é olhar para novembro, daqui a quatro meses. Temos menos de quatro meses do vírus, portanto, estou ansioso para como estará em novembro", disse Carey, referindo-se ao mês em que o GP do Brasil seria disputado. "Entendo que é difícil para todos. Mas, finalmente, precisamos planejar com antecedência. Portanto, há um momento em que precisamos fazer uma aposta e tomar decisões com o que sabemos. Eu acho que será em breve."

No circo da F-1, especula-se que a cúpula divulgará a parte final do calendário de 2020 na próxima semana, após a realização da primeira corrida do ano. No total, os dirigentes trabalham com um plano de promoverem entre 15 e 18 provas nesta temporada.

"Acho que nas próximas semanas conseguiremos confirmar pelo menos outro pedaço do calendário. Idealmente, a segunda metade do calendário. Há uma série de corridas que já sabemos que estarão no calendário. Mas, para fixar as datas, precisamos realmente descobrir que outras provas estarão no calendário."

 

 

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